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Publicado em 2/09/2019 as 3:00pm

Adolescente gaúcha que estava em centro para imigrantes indocumentados é liberada

A adolescente Natália Koenig Neto, de 17 anos, que estava detida havia duas semanas em um...

Adolescente gaúcha que estava em centro para imigrantes indocumentados é liberada Natália Koening com o tio, ao sair do centro de imigrantes ilegais. Segundo a família, ela fará o processo de deportação voluntária — Foto: Arquivo Pessoal

A adolescente Natália Koenig Neto, de 17 anos, que estava detida havia duas semanas em um centro para imigrantes indocumentados na cidade de Chicago, Illinois, foi liberada nesta sexta-feira (30), conforme informações divulgadas pela sua família. O tio da menina, Luis Felipe Neto, a buscou no abrigo durante a manhã.

"Conversamos com a Natália e ela está muito bem. E está muito feliz", conta a mãe da adolescente, Simone Koenig.

A mãe disse que a filha irá para a casa do tio, que fica em Houston, no Texas. "Ela vai ter a deportação voluntária. Não sabemos o tempo que vai levar esse processo", conta a mãe.

Simone contou que falou rapidamente com a filha. "Tem outras adolescentes [no abrigo]. Mas não me disse o número. Falou que tinha uma rotina diária, mas não entrou em detalhes", comenta.

A deportação voluntária ocorre quando o Itamaraty faz um acordo com o governo do país onde o imigrante está retido. A pessoa assume as despesas da viagem e é liberada a voltar a seu país de origem, como explica o professor de Direito Internacional Fabrício Pontim.

Entenda o caso

Segundo o pai de Natália, Marcelo Neto, a adolescente estava desde fevereiro no Texas na casa do irmão dele. No dia 15 de agosto, ela e os tios passaram o dia no México. Na volta para casa, a menina foi retida na fronteira com os Estados Unidos.

"Nunca mais dormimos na nossa vida. Naquela noite fiquei com o telefone grudado na orelha e os dois olhos olhando para o teto", conta o pai sobre o dia que a filha foi retida.

"Eu nem sabia que eles iam para o México. Naquele dia a gente não conversou. Só foi aquela surpresa quando tocou o WhatsApp: 'Emergência'. Pensei: 'Que negócio louco isso aqui'. Estava meu irmão, minha filha e a minha cunhada lá, numa situação quase se despedindo. Eu vi a minha filha chorando", acrescenta.

A família, que acompanhou tudo no Brasil, afirmou que não recebeu nenhum documento do governo americano que explique a retenção. "Não tinha nenhum documento, nenhuma razão, nem nada. Ela não podia chegar perto do aparelho [celular]. Meu irmão não podia mais chegar perto dela. A levaram para uma sala, colocaram-na para preencher alguns formulários, sem acompanhamento de um adulto, sem nada. O adulto que tinha ali era o agente. Isso foi tudo contado pelo meu irmão. Não tem nada oficial do governo norte-americano".

Fonte: g1.com

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