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Publicado em 31/01/2020 as 10:00am

Brasileiro é acusado de estelionato, furto e tráfico de pessoas

Através de um grupo criado no WhatsApp, dezenas de brasileiros compartilham suas histórias e...

Brasileiro é acusado de estelionato, furto e tráfico de pessoas William prejudicou dezenas de pessoas.

Através de um grupo criado no WhatsApp, dezenas de brasileiros compartilham suas histórias e buscam justiça contra um suposto estelionatário que aplicou vários golpes na região de Massachusetts e Connecticut. Entre as acusações estão comprar veículos com cheques sem fundos, contratar funcionários e não pagar, fazer ameaças e até roubar documentos.

William de Souza, como foi identificado o acusado, é mineiro e se apresentou para cada uma das supostas vítimas como sendo de cidades diferentes de Minas Gerais. Esta é a segunda vez que ele está nos Estados Unidos. Até o fechamento desta edição, quase 20 vítimas estavam no grupo e relataram os golpes que sofreram

Em um dos casos, um brasileiro que preferiu não divulgar o seu nome, vendeu uma camionete e um Honda Accord para William, dando-lhe quatro meses para pagar. Como garantia, ele pegou um cheque de William, mas quando o prazo venceu, a vítima descobriu que não tinha fundos.

Ele tentou receber, mas William desapareceu. Quando foi atrás de recuperar os veículos, a vítima descobriu que além de não pagar pelos veículos, o acusado pegou dinheiro emprestado e colocou o documento da camionete como penhora. “Com a ajuda de um amigo eu consegui recuperá-los e os dois carros estão na minha casa até tudo se resolver, pois não recebi um centavo se quer”. Disse.

Em outro caso, uma mulher identificada por Lucy Madrona disse que trabalhou para William durante 30 dias na área de pintura. “Confiando que ele era uma boa pessoa, acabei emprestando a quantia der US$1.080, o que somado às horas que eu trabalhei deu US$3880”, fala ressaltando que deste valor, o acusado pagou apenas UIS$ 900. 

De acordo com ela, William tem 32 anos e é de Sobrália. Mas outras pessoas no grupo afirmam que ele é se apresentado como sendo de Governador Valadares.

Em outra situação, uma vítima que mora na cidade de Marlborough (MA) relatou que fez um trabalho em uma casa, através de um subcontrato com William. “Eu contratei duas pessoas para me ajudar e ele me deu um cheque no valor de US$2 mil sem fundos”, disse.

De acordo com ele, William reside atualmente em Connecticut. Mas ele trocou de número e alguns acreditam que ele tenha ido embora para o Brasil.

Para outra vítima, William passou um apartamento, pegou o valor de US$1,400 e disse que precisava pagar mais um mês, supostamente dezembro. Os brasileiros que assumiram o imóvel foram com ele até o escritório que cuida da locação. 

Mas com a dificuldade de entender o inglês, não perceberam que o valor que eles estavam acertando era de um mês anterior. “Só descobrimos o calote quando recebemos uma carta de despejo”, fala ressaltando que precisou pagar o mês de novembro e dezembro, sendo que eles nem moravam no local. “No total ele nos deu um prejuízo no valor de US$2,300 e sempre empurrava com a barriga quando íamos cobrá-lo”, continuou.

Outra vítima, identificada por MV, relatou que havia uma semana que estava nos Estados Unidos e conheceu William. “Eu trabalhei para ele quase um mês. Ele me ensinou como fazer e nem ia mais na obra”, fala ressaltando que não tinha lugar para ficar. “Como ele não me pagava, me legou para morar no apartamento citado anteriormente. Eu só não passei fome porque recebi uma doação de um grupo que me deu alimentos. Ele não me dava nada”, disse.

Como MV era novo nos Estados Unidos, ele não sabia como era a maneira que os funcionários recebiam. “Foi então que descobri que o pessoal da carpintaria recebia por semana e não de 15 em 15 dias como ele me disse”, acrescentou.

Durante o tempo que ficou no apartamento, ele presenciou quase todas os casos de William. “Eu vi ele recebendo intimação para ir à Corte, cobranças de aluguel atrasado, problemas com veículos que ele comprou e não pagou, distribuição de cheques sem fundos”, afirma. “Dois meses depois que eu estava nesta situação, eu resolvi parar e fui trabalhar na área de delivery. Mas ele não me pagou nada pelo serviço”, finaliza.

Este não foi o único brasileiro que trabalhou para William e ficou sem receber. Muitos outros relataram duas histórias. Também tem caso de celular roubado pelo suspeito e passado para terceiros e até agiu como coiote. “Eu ouvi ele negociando para trazer pessoas do Brasil para os EUA”, disse MV.

Uma curiosidade no grupo é que dois membros acabaram descobrindo uma coisa em comum. De um lado uma mulher que teve o telefone roubado por William e do outro um homem que recebeu o celular como forma de pagamento por um serviço feito para o acusado.

Os dois conversaram e mesmo ficando sem um celular, o homem devolveu o aparelho para a mulher. “Eu não dormia direito porque comprei este celular no Brasil e paguei mais de R$ 6 mil”, disse ela.

A maioria destes casos foi denunciado para a justiça norte-americana e os prejudicados esperam que William pague pelos crimes cometidos. No dia 16 teve uma audiência e o acusado não compareceu. A justiça deu 30 dias para ele resolver e após este prazo será emitida uma ordem de prisão.

No grupo foram listadas quase 20 vítimas, mas acredita-se que mais brasileiros possam ter sido prejudicadas por William.

Vítimas dizem que William se apresenta como cidadão dos EUA, mas não é.
Um dos cheques sem fundo distribuído por William.
Outro cheque sem fundos.

Fonte: Redação - Brazilian Times.

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