Justiça briga para julgar imigrante que matou quatro pessoas em dois condados em Nevada

O Supremo Tribunal de Nevada decidiu que os promotores do condado de Washoe não têm autoridade jurisdicional - pelo menos por enquanto - para processar um imigrante salvadorenho, em Reno, por dois dos quatro assassinatos que ele é acusado de cometer fora do condado.

O tribunal tinha ordenado que a juíza Connie Steinheimer reconsiderasse sua recusa em descartar algumas das acusações contra Wilbur Martinez Guzman de ter participado de seis dias de violência no norte de Nevada, em janeiro de 2019. Mas os juízes explicaram na quinta-feira que ela poderia negar a moção novamente se determinar que os crimes estavam suficientemente relacionados para julgar no Condado de Washoe, incluindo dois no Condado de Douglas.

Por enquanto, eles disseram que Steinheimer concluiu incorretamente que o grande júri do Condado de Washoe possuía autoridade em todo o estado para indiciá-lo pelas acusações dos crimes cometido em Douglas.

Autoridades federais disseram que Martinez-Guzman está nos EUA ilegalmente, mas não sabem como ou quando ele cruzou a fronteira com o México. O caso chamou a atenção do presidente Donald Trump, que afirma mostrar a necessidade de um muro na fronteira.

Um grande júri do condado de Washoe indiciou Martinez Guzman por 10 acusações no ano passado.

Os investigadores afirmam que ele roubou um revólver do casal Gerald e Sharon David, no sudoeste de Reno, em 4 de janeiro de 2019, antes de viajar para o interior do condado de Douglas, onde atirou em Constance Koontz, em 9 de janeiro, e Sophia Renken, em 12 de janeiro.

Depois ele voltou para roubar e matar o casal, em 15 de janeiro.

Os promotores Chris Hicks, do Condado de Washoe, e Mark Jackson, do Condado de Douglas, disseram que procuraram uma única acusação em Reno para acelerar o processo. Eles insistiram que os crimes estão relacionados porque o acusado atirou nas quatro vítimas com a mesma arma que roubou do casal em Reno, para o qual trabalhou em 2018 como paisagista.

"Os fatos deste caso estão tão entrelaçados que a posse da arma de fogo foi um ato necessário para a consumação dos crimes no condado de Douglas", disse Jackson.

"Esta é a primeira vez que um promotor pede a um grande júri para indiciar um crime que não ocorreu em sua jurisdição", disse o Defensor Público, John Reese Petty, ao Supremo Tribunal.

Os promotores disseram aos juízes que a intenção dos assassinatos no Condado de Douglas foi arquitetada no Condado de Washoe.

De acordo com as informações, o tribunal distrital analisará as evidências apresentadas ao grande júri do Condado de Washoe para determinar se há conexão suficiente entre os delitos do Condado de Douglas e o Condado de Washoe.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.