Imigrante com diabetes e pressão alta teme pegar Covid-19 em centro de detenção do ICE

Alfredo Chavez Garcia passou meses com problemas de saúde e lutando pelo futuro de seus seis filhos enquanto estava em um centro de detenção para imigrantes no sul do estado, onde mais da metade dos detidos agora tem COVID-19.

O viúvo de 49 anos, com diabetes e pressão alta, disse que os detidos que aguardavam audiências de imigração, na prisão do condado de Pulaski, viviam em locais apertados, tinham acesso limitado a sabão e não receberam desinfetante ou máscara para se proteger do vírus. "Se eu for contaminado, as defesas do meu corpo são fracas", disse ele. "Eu estava preocupado em ficar doente e nunca mais ver minha família”.

Ele que é imigrante mexicano, que vive nos EUA há 40 anos e tem Green Card, foi libertado em abril após um processo federal movido por uma organização de Chicago que fez mais de 60 tentativas semelhantes em todo o país visando a liberação de imigrantes que estão no grupo de risco.

Garcia, que trabalhava como segurança de uma boate e na área de construção, foi levado sob custódia pelo ICE imigração depois de cumprir pena por um crime não violento em 2018. As autoridades citaram um veículo roubado em 1991 e acusações de roubo em 2005 como base para a deportação, mesmo ele sendo portador de Green Card.

O imigrante e seus advogados se recusaram a comentar os detalhes, já que seu processo de imigração está pendente.

Estes esforços ocorrem quando o Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) enfrenta uma pressão crescente por parte dos membros do Congresso, advogados e ativistas que dizem que a agência não fez o suficiente para testar e controlar o vírus em suas instalações.

O National Immigrant Justice Center entrou com pelo menos 18 ações federais em estados como Illinois, Texas e Wisconsin e solicitou liberação administrativa para pelo menos 44 imigrantes desde meados de março. Embora dois processos tenham sido negados, 26 foram aceitos.

A organização sem fins lucrativos argumenta que o surto criou condições inseguras quando os procedimentos do sistema judicial de imigração foram adiados, mantendo os detidos por mais tempo.

Desde fevereiro, cerca de 1.800 imigrantes detidos em todo o país testaram positivo para a COVI -19 e dois morreram, de acordo com o ICE.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.