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Publicado em 19/06/2020 as 8:00am

Brasileiros denunciam golpe que “prometia entrada legal nos EUA”

De acordo com Cleyton, Romário cobrou o valor de US $ 17 mil para fazer a viagem, levando ele, a esposa e a filha de 12 anos. “Ele afirmou que nós ficaríamos legais nos EUA”, disse.

Brasileiros denunciam golpe que “prometia entrada legal nos EUA” Cleytion vendeu o carro e saiu do emprego com esperança de entrar nos EUA

O mineiro Cleyton Klier está entre os muitos brasileiros que sonham se mudar para os Estados Unidos e proporcionar uma vida melhor para sua família. Um amigo lhe orientou a entrar em contato com um homem identificado por Romário Moreira Campos e que, supostamente, trabalhava como “coiote”. Ele garantiu que realizaria o sonho americano.

De acordo com Cleyton, Romário cobrou o valor de US $ 17 mil para fazer a viagem, levando ele, a esposa e a filha de 12 anos. “Ele afirmou que nós ficaríamos legais nos EUA”, disse.

A história foi divulgada pelo Globe News USA, através do repórter investigativo, Thathyanno Desa. De acordo com a reportagem, como Cleyton não tinha dinheiro para dar uma entrada, Romário aceitou um carro, um Ford Fusion, que ele demorou três anos para comprar, “juntando dinheiro”.

Cleyton entregou o veículo e passou para o nome de uma terceira pessoa, identificada por André. O problema é que depois de entregar o carro e transferir o documento do veículo, o mineiro não apenas não foi para os Estados Unidos, como perdeu o carro.

A reportagem informou que Cleyton não é a única vítima deste tipo de golpe por parte de Romário. Outras pessoas também perderam tudo o que tinham, sob a promessa de que seriam colocadas nos Estados Unidos.

Confira o depoimento emocionado de Cleyton ao repórter investigativo Thathyanno Desa:

 “Estávamos passando por muita dificuldade no Brasil e eu tenho um amigo que viveu muito tempo nos EUA e sugeriu que eu tentasse me mudar para este país e tentar uma vida melhor. Eu até disse que tinha o sonho, mas não tinha condições para ir. Ele falou que conhecia uma pessoa que levava pessoas e arrumava um jeito de nos colocar legalmente. Ele passou o meu número de telefone para esse cara, o tal Romário Moreira Campos. Começamos a conversar, combinar uma forma de ele me levar. Ele falou que era só tirar passaporte, os cartões de vacina internacionais. Conversamos sobre o que poderíamos fazer de melhor e ele pediu uma entrada e eu disse que não tinha nenhum dinheiro. Então ele perguntou se eu tinha alguma coisa e eu falei do meu carro. Primeiro ele falou para eu vender o carro e conseguir o dinheiro da entrada, mas como é um carro sem muito comércio, eu não conseguia vender. Então ele começou a me pressionar. Eu disse que não consegui vender e ele disse ‘eu pego seu carro. Ele vale quanto?’. Eu disse que valia R$ 29.900 e ele disse que pegava ele no valor de R$ 23 mil como entrada e arcaria com todas as despesas da viagem. Falou que ia mandar o sócio para buscar o veículo e que já começou a combinar passagem. E ele falava com muita veemência e eu acreditei muito a ponto de abrir mão de toda a nossa vida aqui. Fomos ao cartório e ele falou para passar o carro para o nome do tal sócio. Ele tinha uma lábia muito boa e eu acreditei nele”.

Mas quando era a hora de Romário cumprir com o combinado, tudo mudou. “Dia 25 ou 26 de dezembro, ele falou que poderíamos ir para São Paulo, que a viagem estava marcada para dia 29. Nós ficaríamos em um hotel perto de Guarulhos. Ele disse que íamos ficar uns dois dias, que ele ia mandar os dados da passagem para o meu telefone e partiríamos logo. Passou dois, três dias, uma semana e todo mundo começou a ficar ansioso e desesperado. Ele dizia que a passagem estava marcada, depois dizia que teve que cancelar. E com isso ficamos 15 dias em São Paulo. Havia outras pessoas lá, também esperando. Nós ficamos muito abalados e discutíamos. Minha esposa tinha um trabalho bom. Ela largou tudo, eu larguei o meu emprego. Tudo em busca desse sonho que esse cara me prometeu”, conta.

“Voltamos e ficamos aguardando. Aguardamos 15 dias, um mês, e ele só enrolando. Pedi meu carro de volta e ele disse que precisava de 60 dias para devolver. Até que chegou ao ponto em que ele disse que não me devia nada. Me ofendeu, ofendeu minha esposa. Foi quando eu fiz a postagem no Facebook e a partir de então, muitas pessoas me procuraram e falaram que também levaram um golpe dele”.

De acordo com Cleyton, além da perda material, eles tiveram outros problemas. “A gente perdeu muito. Porque tinha a vida estabilizada. Minha esposa tinha um bom emprego e eu também. Ficamos desempregados. Eu tenho que tomar remédio controlado. Eu confiei. Nós confiamos nele e ele acabou com a nossas vidas. Hoje nós lutamos para sobreviver”, completa. “Estou fazendo isso para que outras pessoas não caiam no mesmo golpe. Pessoas começaram a me procurar, contando a história, que tomaram o mesmo golpe. Estou correndo risco de vida, para evitar que outras pessoas não passem por isso. Nem sei se vou conseguir esse carro de novo. Mas não quero que mais ninguém passe por isso”, finalizou.

Durante a entrevista, Thathyanno mostrou áudios em que Romário deixa claro ser um coiote que trafica pessoas para os Estados Unidos. Além disso, ele teria feito ameaças ao repórter.

 

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Fonte: Redação - Brazilian Times.

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