Prefeito de Boston se opõem à medida de Trump em querer eliminar imigrantes da contagem do Censo

A cidade de Boston (Massachusetts) e os ativistas imigratórios estão pressionando a decisão do presidente Donald Trump de impedir que imigrantes ilegais sejam contados no Censo. Eles pedem para que todos ignorem a “ação anti-imigrante” e preencha a contagem nacional de qualquer maneira.

"Ignorem a façanha política partidária", disse a diretora Mira Coalition, Eva Millona, ​​presidente do Comitê Estadual de Contagem Completa em Massachusetts para o Censo 2020. "É mais uma atitude política e partidária que está sendo usada pelo governo. Ele só quer intimidar essas famílias de status misto”.

Na terça-feira, dia 21, Trump ordenou que seu governo excluísse os imigrantes indocumentados ao calcular quantos assentos no Congresso cada estado deveria receber.

De acordo com um memorando presidencial divulgado pela Casa Branca, os funcionários do Censo continuariam contando os imigrantes que estão no país ilegalmente, mas eles não seriam levados em consideração nas decisões sobre a distribuição no Congresso.

O presidente disse que Census Bureau teria cinco meses para encontrar uma maneira de estimar com precisão o número de residentes que vivem em situação ilegal em cada estado, a fim de subtraí-los da contagem geral.

O prefeito de Boston, Martin Walsh, pediu que todos fossem contados e garantisse que a contagem da população de Boston estivesse correta.  "É inconstitucional não contar todos no Censo", disse ele em um comunicado. "Esta é a última tentativa do governo federal de distorcer o Censo de 2020, impedindo que certas comunidades sejam representadas com precisão".

Lou Murray, presidente republicano de West Roxbury Ward 20 e consultor nacional da campanha de Trump em 2016, disse estar confiante de que a Casa Branca descobrirá uma maneira de implementar esta ordem, que segundo ele, ajuda a legitimar o processo democrático.

“Uma república, em sua essência, deve valorizar a cidadania", disse Murray. "Permitir que imigrantes indocumentados sejam contados para fins de determinar o número de representes por estado seria injusto".

A decisão do presidente já foi contestada no tribunal por ativistas da imigração. “A Constituição exige que todos que moram nos EUA sejam contados pelo Censo. O presidente Trump não pode escolher”, disse a diretora-executiva da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, sigla em inglês), em Massachusetts, Carol Rose. “Ele tentou adicionar uma questão de cidadania ao censo e perdeu no Supremo Tribunal Federal. Sua última tentativa de armar o Censo para um ataque às comunidades imigrantes será considerada inconstitucional e vai perder de novo”.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.