Nova força-tarefa vai combater o tráfico de imigrantes para fins sexuais em casas de massagens em CT

Uma nova força-tarefa para estudar o tráfico de seres humanos e prostituição em salões de massagens de Connecticut se reuniu pela primeira vez nesta terça-feira, dia 28.

A reunião ocorreu após uma investigação do Hearst Connecticut Media, em fevereiro, onde foi apontado que muitas casas de massagens operam de forma ilícita em todo o estado, enquanto a polícia e os municípios lutam para fechá-las.

A força-tarefa, liderada pelos Deputados Estaduais Robyn Porter (D-New Haven) e Jillian Gilchrest (D-West Hartford), fará recomendações até o final do ano à Assembleia Geral sobre como o estado pode conter este problema que existe há décadas.

O Centro Nacional de Recursos sobre Tráfico Humano relatou um total de 52 casos de contrabando de seres humanos em Connecticut, em 2019 uma ligeira diminuição em relação a 2018.

O relatório anual deste conselho deveria conter dados detalhados sobre casos citados pelos Procurador-Geral do Estado e de todos os chefes de polícia municipais, mas essas informações foram perdidas devido a falhas na troca de e-mail, de acordo com Steve Hernandez, diretor executivo da Comissão de Mulheres, Crianças, Idosos, Equidade e Oportunidade de CT. Como resultado, esses dados não serão divulgados até 2021, afirmou.

Os especialistas em tráfico temem que a pandemia possa causar um aumento em 2020. "Pessoas vulneráveis se tornam ainda mais vulneráveis durante períodos de emergências", acrescentou Hernandez.

Na internet, é fácil encontrar comentários de pessoas que afirmam ter comprado serviços sexuais em casas de massagem em Connecticut. Em todo o país, a polícia costuma usar esses recursos, incluindo um site chamado Rub Maps, como uma fonte de informação para investigar possíveis crimes de prostituição e tráfico de pessoas.

A Hearst Connecticut revisou 10 anos de registros policiais sobre 30 casas de massagem no site Rub Maps. Em 6 de janeiro, o site identificou 98 casas de massagem em 47 cidades, onde internautas anônimos alegavam ter praticado atos sexuais nestes locais.

Com base em investigações do Departamento do Trabalho de Connecticut e da Polaris, uma organização sem fins lucrativos de combate ao tráfico, foi relatado que existem 250 empresas ilícitas de massagens operando em Connecticut.

De acordo com as denúncias, na maioria dos casos essas empresas fazem com que imigrantes traficados se envolvam em prostituição, retendo seus documentos de imigração, forçando-os a endividarem-se ou usando violência física. A polícia de Connecticut identificou evidências sobre mulheres que viviam em algumas casas de massagem em todo o estado e se encaixam nesta denúncia.

Os registros policiais também indicam que acabar com a prostituição pode ser uma batalha que pode levar décadas. Uma investigação do Hearst Connecticut descobriu que os registros policiais mostram que as empresas sob suspeitas de prostituição geralmente continuam a operar.

As prisões por prostituição concentram-se principalmente nas funcionárias destes salões e não nas pessoas que os frequentam. Essas prisões costumam ser uma ferramenta insuficiente para combater o comércio sexual, de acordo com a polícia.

Os policiais afirmam que não têm recursos para apoiar investigações rigorosas sobre prostituição e tráfico de pessoas.

Esta nova força-tarefa tem como objetivo encontrar um caminho para combater o tráfico de pessoas para fins sexuais em casas de massagens.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.