Imigrante de 50 anos morre sob custódia do ICE após pegar Covid-19

Um homem hondurenho de 50 anos de idade, que estava sob custódia do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) morreu em um hospital do Texas após testar positivo para a COVID-19.

De acordo com as informações, o homem estava detido no Centro de Processamento Joe Corley, em Conroe, Texas onde de acordo com estatísticas da agência, 50 pessoas tiveram resultados positivos para a doença desde o início da pandemia.

A causa preliminar do óbito, segundo uma pessoa próxima ao imigrante, foi insuficiência respiratória causada por COVID-19.

O homem é o 19º detido a morrer sob custódia do ICE durante o ano fiscal de 2020. O número total de mortes até agora neste ano fiscal é o maior desde 2006, quando 19 imigrantes morreram de acordo com os registros da agência.

Desde o início da pandemia, detentos e defensores de imigrantes destacaram as ameaças à saúde representadas pela doença altamente contagiosa em centros de detenção do ICE. A agência tentou assegurar aos funcionários do Congresso e à comunidade que examinou cuidadosamente a questão e até libertou alguns detidos “vulneráveis”.

No entanto, os defensores disseram que há problemas inerentes às instalações de detenção, como a falta de espaço necessário para acomodar as diretrizes de distanciamento social adequadas, para proteção contra surtos potencialmente mortais.

Grupos de imigração e ativistas têm usado esses argumentos como uma forma de pressionar por mais liberações.

Em março, os funcionários do ICE começaram a avaliar a população carcerária para localizar detidos “vulneráveis”, incluindo aqueles com mais de 60 anos ou grávidas. Na primavera, a agência relatou que havia libertado mais de 900 detentos como resultado dessa análise.

Desde o dia 27 de agosto, mais de 800 detentos tiveram teste positivo para COVID-19, e mais de 5.000 contraíram a doença enquanto estavam sob custódia.

O número de mortes sob custódia do ICE até agora é mais do que o dobro do último ano fiscal, apesar de uma queda significativa na população de imigrantes detidos. Vários deles morreram após teste positivo para COVID-19.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.