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Publicado em 29/09/2020 as 10:00am

Para entrar nos EUA, brasileiros fazem quarentena no México e na Sérvia

A volta às aulas de Isabella Guimarães di Domenico, 19 anos, foi especialmente conturbada esse...

Para entrar nos EUA, brasileiros fazem quarentena no México e na Sérvia A estudante Isabella, um retorno conturbado para voltar às aulas nos EUA

A volta às aulas de Isabella Guimarães di Domenico, 19 anos, foi especialmente conturbada esse ano. Desde agosto de 2019, a jovem de Campinas (São Paulo) faz dupla graduação em Marketing e Supply Chain na Purdue University, no estado norte-americano de Indiana.

A estudante já tinha feito planos para o spring break, semana de recesso nos colégios e universidades dos Estados Unidos, quando começaram a surgir as primeiras notícias sobre a disseminação do coronavírus pelo mundo. Foi assim que, ao invés de viajar com os amigos para Costa Rica, Isabella fez as malas e voltou para o Brasil.

"A decisão de passar a quarentena no Brasil foi mais por não sabermos o que estava acontecendo. Na época, eu estava feliz em ver minha família de novo", ela conta.

A gente não imaginava que a situação se tornaria tudo o que virou. Parece que, na semana em que eu deixei os Estados Unidos, tudo começou a evoluir muito rápido".

E de fato evoluiu. Na mesma semana em que Isabella pisou em Campinas, as universidades dos Estados Unidos decretaram a suspensão das aulas presenciais.

Em 28 de maio, o presidente Donald Trump vetou a entrada de todos os estrangeiros que tenham estado no Brasil nos últimos 14 dias. Desde aquela data até agora, só estão isentos dessa regra os cidadãos norte-americanos e os seus parentes próximos, além de estrangeiros que já possuem o green card.

Diferente do que aconteceu em outros países, como o Canadá e a França, os estudantes ficaram de fora da lista de exceções dos Estados Unidos.

Conforme os meses foram passando, os brasileiros que fazem faculdade nos Estados Unidos começaram a ficar preocupados com a tal restrição. Tudo indicava que, na medida do possível, as aulas presenciais seriam retomadas junto com o início do ano letivo no Hemisfério Norte, que acontece entre o final de agosto e o início de setembro.

Para piorar a situação, o departamento que regula as imigrações nos Estados Unidos estava firme na posição de que, se os alunos estrangeiros não voltassem para as aulas presenciais, eles perderiam o visto de estudante e teriam que solicitar outro visto para poder voltar para faculdade no semestre seguinte.

Diante dessa ameaça, brasileiros que estudam em universidades espalhadas por todo os Estados Unidos começaram a buscar alternativas.

Para Arthur Soares Klein, de 19 anos, esse processo começou em junho, quando o estudante nascido em Vila Velha (ES) viu que o número de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus não diminuía nem no Brasil e nem nos Estados Unidos.

Determinado a retomar o seu curso de engenharia bioquímica na Purdue University, ele começou a ler atenciosamente todos os documentos emitidos pelo governo norte-americano sobre a entrada de estrangeiros no país.

No fim, entendi que qualquer um poderia entrar nos Estados Unidos se não tivesse passado os últimos 14 dias em certos países, incluindo o Brasil. Então concluí que se fosse para um país que não estivesse nesta lista e passasse 14 dias lá, estaria liberado para entrar"

Em Recife (PE), Leonardo Walter de Freitas Silva, 21 anos, também estava fazendo essa mesma lição de casa. "Comecei a buscar diferentes lugares em que daria para cumprir a quarentena, considerando preço, acesso de voo e restrição de entrada para brasileiros. No fim, sobrou basicamente o México e a Sérvia", relata o estudante de engenharia mecânica, também da Purdue University.

Cada país tinha os seus prós e contras. Assim como Leonardo, Isabella acabou escolhendo o México por ser um país da América Latina, próximo do Brasil e com uma língua parecida com o português.

"Além disso, como o México e os Estados Unidos tem muitas relações econômicas, imaginei que não existia o risco de fecharem as fronteiras", ela acrescenta.

Arthur não estava tão seguro disso e preferiu seguir pela Sérvia, apesar de o país estar enfrentando um momento de instabilidade política.

"No México, o número de contágios ainda estava muito alto e eu tive medo do Trump fechar as fronteiras com o país. Já a Sérvia tinha apenas cerca de 150 casos de coronavírus por dia. A situação já estava num ponto que nem era mais tão comum as pessoas andarem de máscara na rua. Porém, quando cheguei na Sérvia estavam acontecendo protestos sérios contra o primeiro-ministro, acusado de autoritarismo. Acabou sendo mais um motivo para não sairmos na rua", ele relata.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.

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