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Publicado em 19/10/2020 as 7:00pm

ICE deporta indevidamente imigrante que pediu asilo

César Marroquín, de 29 anos, solicitou asilo e foi deportado dos EUA antes de comparecer à 1ª audiência no tribunal de imigração

ICE deporta indevidamente imigrante que pediu asilo “Eles me disseram que se eu não entrasse no avião, seria acusado judicialmente. Houve algum erro comigo no sistema", relatou César Marroquín

Um imigrante que buscava asilo nos EUA foi deportado por engano pelas autoridades migratórias (ICE); apesar da inexistência de uma ordem de deportação e antes mesmo de ele ter comparecido à sua 1ª audiência no tribunal de imigração. César Marroquín, de 29 anos, natural da Guatemala, foi deportado em 19 de agosto; no mesmo dia em que deveria comparecer pela primeira vez ao tribunal, com dezenas de outros imigrantes para a Guatemala, país de onde fugiu após ser vítima de agressão e sequestro, segundo seu relato.

“Eles me disseram que se eu não entrasse no avião, seria acusado judicialmente”, disse Marroquín ao canal de TV Noticias Telemundo. "Houve algum erro comigo no sistema".

Seu atual advogado, Marty Rosenbluth, acredita que é um erro flagrante. "Já vi alguns casos de pessoas que foram deportadas por engano. Nunca vi um como este em que as pessoas foram deportadas antes mesmo de suas primeiras audiências".

O ICE informou em um comunicado que a deportação de Marroquín ocorreu devido a um “erro administrativo” enquanto seu caso ainda estava em aberto. "Esses erros são extremamente raros", disse Bryan Cox, diretor de relações públicas da jurisdição sul do ICE, "e, em geral, um estrangeiro removido para seu país de origem sem uma ordem final de deportação pode solicitar para retornar aos EUA".

As autoridades federais e o advogado de Marroquín estão trabalhando agora em sua readmissão aos EUA. 

De acordo com uma queixa formal apresentada por Marroquín na Guatemala, ele relatou que sofreu perseguição política e violência física depois de apoiar um político local e recusar um pedido para trabalhar com um rival. Depois disso, ele disse que foi ameaçado e sua casa foi danificada e invadida; ele também suspeita que alguém mexeu em seu carro. Marroquín acrescentou que foi sequestrado sob a mira de uma arma, torturado por vários dias e deixado na beira da estrada. Ele decidiu deixar o país depois disso.

"Eu estava sozinho com meus mapas do Google", disse Marroquín, que relatou ter caminhado vários quilômetros guiado por seu telefone celular depois de cruzar o rio perto de Falfurrias, Texas, na fronteira entre o México e os EUA. "Eu cruzei o rio porque não consegui encontrar a fronteira".

Ele disse que chegou à uma rodovia onde um motorista de caminhão o conduziu por um trecho até que foram parados em um posto de controle da Patrulha de Fronteira (CBP). Lá, Marroquín se entregou. Ele foi levado para o centro de detenção de Port Isabel, no Texas, e depois colocado em um vôo para a Louisiana, onde foi transferido para o Centro Correcional de Catahoula em Harrisonburg. Meses depois, ele foi enviado ao River Correctional Center em Ferriday, onde aguardava o dia de seu julgamento.

O dia 19 de agosto foi a data da primeira audiência de asilo de Marroquín, que geralmente é a primeira audiência entre solicitantes de asilo, advogados e juízes de imigração. Entretanto, naquele dia, funcionários do centro de detenção vieram à procura dele e de outros guatemaltecos. Marroquín disse que apesar de estar com receio e receber instruções conflitantes dos funcionários do centro, ele usou o telefone para obter informações sobre o andamento da data do julgamento. Devido à pandemia de Covid-19, o julgamento dele foi adiado, mas o processo ainda estava em andamento; o sistema automatizado informou que sua audiência com o juiz seria em 6 de setembro.

 

Uma viagem "inesperada" ao aeroporto:

Entretanto, não haveria audiência para ele em setembro. Em vez disso, Marroquín foi transferido do River Correctional Center para o aeroporto de Alexandria, Louisiana, onde dezenas de outros imigrantes guatemaltecos seriam deportados.

“(Meus companheiros) assinaram as saídas deles. Em nenhum momento me deram papel para assinar. Então, me disseram que, se eu não entrasse no avião, seria acusado judicialmente", disse ele ao Noticias Telemundo, por telefone, da Guatemala.

Marroquín sabia que o que estava acontecendo não era normal, mas tinha medo de confrontar os agentes do ICE, segundo seu depoimento. Embora achasse que devia haver um engano em seu caso, ele disse que foi levado até a porta do avião. "Eu respeitosamente entrei no avião porque não podia desrespeitar as autoridades dos EUA".

Após sua deportação, o advogado de imigração que trabalhava com ele na época aceitou o resultado da deportação e seu caso foi encerrado nos registros do sistema automatizado de imigração em 30 de setembro, confirmou Cox. 

"Este tipo de negligência grave é completamente indesculpável", disse Rosenbluth, seu atual advogado. "A lei é muito, muito clara que eles (ICE) não podem deportar alguém no meio do processo judicial de imigração. Eles simplesmente não têm permissão para fazê-lo".

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Fonte: Redação - Brazilian Times.

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