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Publicado em 31/10/2020 as 8:00am

Ameaçados de deportação, protegidos do TPS na Flórida vivem futuro incerto

Rony Ponthieux não tem certeza se, em janeiro, ele terá que vender sua casa ou se poderá...

Ameaçados de deportação, protegidos do TPS na Flórida vivem futuro incerto Rony Ponthieux é enfermeiro e ajudou a salvar muitas vidas

Rony Ponthieux não tem certeza se, em janeiro, ele terá que vender sua casa ou se poderá trabalhar e pagar suas contas. Ele pode ser deportado. O imigrante é natural do Haiti e mora em Miami Gardens, na Flórida, onde construiu uma vida nos Estados Unidos.

Ele chegou a este país 1999, teve dois filhos que são cidadãos norte-americanos, um deles tem 20 anos atualmente e é militar e uma filha de 13 anos.

O imigrante é enfermeiro e trabalhou no Jackson Memorial Hospital, na linha de frente durante a pandemia da COVID-19 por meses. “Eu coloquei minha vida em risco para salvar vidas americanas”, disse ele. “Este é o meu chamado. Sempre sonhei em poder ajudar as pessoas”.

Mas Ponthieux está entre centenas de milhares de pessoas que podem ter seus status temporários revogados nos Estados Unidos, tornando seu futuro incerto.

A Lei de Imigração de 1990 permite que esses imigrantes obtenham o chamado Status de Proteção Temporária (STP, sigla em inglês). Ele fornece uma autorização de trabalho e atrasa a possível deportação para pessoas de países que enfrentam um conflito armado, desastre ambiental ou outras circunstâncias extraordinárias.

Os países atualmente designados para o Status de Proteção Temporária são El Salvador, Haiti, Honduras, Nepal, Nicarágua, Somália, Sudão, Sudão do Sul, Síria e Iêmen, de acordo com o Departamento de Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS, sigla em inglês).

A administração do presidente Donald Trump começou a tentar encerrar as proteções do TPS em 2017.

Os defensores do programa TPS dizem que os países incluídos no programa permanecem instáveis ​​e perigosos, então os Estados Unidos deveriam estender as proteções.

O Haiti foi atingido por um terremoto de magnitude 7,0 em 12 de janeiro de 2010. O governo haitiano estima que 300.000 pessoas morreram. Haitianos, como Ponthieux, que estavam nos EUA na época, mas não tinham cidadania, receberam proteção do TPS.

Agora, ele pode ser deportado e ter que deixar para trás tudo o que construiu, inclusive a sua carreira que salvou vidas de vários norte-americanos. (com informações do Naples Daily News)

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Fonte: Redação - Brazilian Times.

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