Processo revela que agentes da Patrulha de Fronteira mantiveram um bebê detido por 16 dias, separado dos pais

Um bebê de um mês foi separado por 16 dias de seus pais na fronteira dos Estados Unidos com o México, de acordo com um novo processo judicial. Os documentos mostram que agentes da Patrulha da Fronteira (CBP, sigla em inglês) mantiveram mais de 60 crianças detidas por mais de três dias nos últimos dois meses.

Ainda segundo o processo, mais de uma dúzia de crianças com menos de cinco anos estão detidas há mais de cinco dias, enquanto CBP continuam a reprimir os imigrantes da América Central.

Estas informações foram reveladas mediante o processo, levando os legisladores democratas a agir com urgência por mais informações.

Em uma carta, os legisladores descrevem uma série de histórias angustiantes de crianças sendo separadas de suas famílias.

Um menino de 15 anos de EL Salvador que estava detido na Estação de Patrulha Fronteiriça de Weslaco, no Texas, disse que precisava dormir sentado porque havia muitas pessoas na sala. Ele também ficou detido por três dias na estação de Rio Grande Valley, e conheceu outros oito meninos que estavam lá por quatro dias.

A carta foi escrita pelos Deputados Joaquin Castro, do Texas, Jerry Nadler, de New York, e Zoe Lofgren, da Califórnia, entre outros.

Eles escreveram para Chad Wolf, chefe do Departamento de Segurança Interna (HSI, sigla em inglês), na terça-feira, dia 24.

O texto continua o seguinte: “Só nos últimos dois meses, a CBP deteve 14 crianças menores de cinco anos por mais de cinco dias, incluindo um bebê de um mês que ficou detido por mais de 16 dias em setembro de 2020”.

Não foi revelada a idade do bebê.

O processo também revelou que um menino de oito anos da Guatemala ficou detido enquanto sua mãe foi transferida para outro lugar, um local desconhecido.

Ele disse ao advogado: “Minha mãe está em outro lugar. Acho que ela está no hospital porque está com dor nas costas. Não consegui falar com ela porque ela está doente. Disseram-me que não posso sair antes que ela chegue”.

A carta dos democratas é baseada em dados do governo que foram fornecidos a advogados no caso de assentamento de Flores. Ela afirma que o governo é obrigado a libertar as crianças dos centros de detenção sem atrasos desnecessários.

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Fonte: Redação Brazilian Times