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Publicado em 4/12/2020 as 10:00am

Biden vê as deportações em massa de Obama como um "grande erro" e diz ter planos para interromper as expulsões

Joe Biden era o vice-presidente de um homem que os críticos consideram o "deportador-chefe". O...

Biden vê as deportações em massa de Obama como um Biden diz que vai interromper as deportações, pelo menos nos primeiros 100 dias de governo

Joe Biden era o vice-presidente de um homem que os críticos consideram o "deportador-chefe". O governo Obama deportou cerca de 3 milhões de pessoas, processou milhares por entrar ilegalmente nos Estados Unidos e ampliou a detenção de famílias após um grande fluxo de centro-americanos na fronteira dos Estados Unidos com o México.

Biden disse que governaria de forma diferente do presidente Barack Obama e reconheceu que deportar pessoas que não cometeram nenhum crime além de cruzar a fronteira foi um "grande erro".

“Demorou muito para acertar”, disse Biden durante o segundo debate presidencial. “Serei o presidente dos Estados Unidos, não o vice-presidente dos Estados Unidos”.

Embora Biden esteja prometendo uma nova maneira de abordar a imigração, seus conselheiros incluem aqueles que conduziram as políticas de Obama. Ele também está enfrenta uma série de desafios na área de fiscalização da imigração:

- As agências do Departamento de Segurança Interna responsáveis ​​pela fiscalização - Immigration and Customs Enforcement (ICE) e US Customs and Border Protection - são sigilosas, adotam a agressiva agenda de imigração do presidente Trump e podem demorar para mudar. Eles também têm sindicatos que endossaram as ações de Trump.

- O atraso no tribunal de imigração do Departamento de Justiça mais que dobrou - para 1,2 milhão de casos - e os juízes estão pressionando por um tribunal mais independente e transparente.

- Contrabandistas em regiões como a América Central provavelmente irão aproveitar a abordagem mais amena esperada de Biden em relação à imigração. As apreensões na fronteira aumentaram nos últimos meses, e a migração em massa na fronteira pode colocar em risco a agenda do novo presidente, como fez com Obama e Trump.

O plano imediato de Biden sobre a imigração é fazer uma pausa. Ele endossou uma moratória às deportações durante os primeiros 100 dias de sua presidência, uma grande mudança. O presidente eleito também prometeu restaurar o que chamou de "prioridades sensatas de fiscalização" - uma abordagem que se concentra nas pessoas que representam uma ameaça à segurança nacional ou têm antecedentes criminais.

Biden também pretende interromper as batidas aos locais de trabalho, como fez Obama, e as deportações de veteranos militares dos EUA.

"Ter como alvo pessoas que nunca foram condenadas por um crime grave e que viveram, trabalharam e contribuíram para nossa economia e nossas comunidades por décadas é a definição de contraproducente", disse Biden em sua plataforma de campanha.

Biden criticou as políticas de Trump de separar pais e filhos na fronteira ou forçá-los a esperar no México por suas audiências de asilo nos Estados Unidos. O presidente eleito disse que não separaria pais e filhos e que encerraria imediatamente os Protocolos de Proteção ao Migrante de Trump, que deu poder aos agentes da fronteira de expulsar os imigrantes para o México, sem audiências. Ele também disse que aumentaria o número de juízes de imigração, oficiais de asilo e ajuda humanitária na fronteira para julgar casos.

Mas Biden ainda não explicou completamente como vai lidar com um fluxo de imigrantes na fronteira.

Os defensores dos imigrantes dizem que ainda restam questões importantes. Entre elas se Biden vai permitir que o governo aceite a ajuda de xerifes locais e outros oficiais que querem ajudar o ICE a deter imigrantes. ''Até agora, não houve detalhes suficientes vindos da equipe de transição'', disse César Cuauhtémoc García Hernández, professor de direito da Universidade de Denver, no Colorado.

Outros dizem que não está claro com que rapidez Biden será capaz de desfazer as políticas de Trump, que deixaram os imigrantes sem antecedentes criminais que vivem nos Estados Unidos por muito tempo vulneráveis à deportação.

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