Empreiteiros de Trump são acusados de traficar imigrantes armados para proteger construção do muro na Fronteira

Na sexta-feira, dia 04, se tornou público que empreiteiros que constroem o muro da fronteira de Trump contrabandearam equipes mexicanas fortemente armadas para os Estados Unidos. O objetivo que eles protejam os canteiros de obras.

Os empreiteiros também foram acusados de construir uma estrada de terra ilegal para acelerar o contrabando, de acordo com documentos do tribunal apresentados a juiz federal.

Os dois funcionários, que foram contratados para fornecer segurança nos locais, acusaram a empresa, Sullivan Land Services Co., ou S.L.S. - bem como uma subcontratada, Ultimate Concrete of El Paso - de contratar trabalhadores que não foram examinados pelo governo dos Estados Unidos, cobrar caro pelos custos de construção e fazer declarações falsas sobre essas ações.

Os denunciantes disseram que a Ultimate Concrete chegou ao ponto de construir uma estrada de terra para agilizar as travessias ilegais da fronteira para locais em San Diego, usando veículos de construção para bloquear câmeras de segurança. Um supervisor não identificado do Corpo de Engenheiros do Exército aprovou a operação, de acordo com uma queixa registrada em fevereiro e divulgada nesta sexta-feira.

Trump pode ter falhado em cumprir sua promessa de 2016 de fazer o México pagar pelo muro, mas se as acusações forem verdadeiras, o governo aparentemente confiou nos trabalhadores mexicanos para o projeto, potencialmente às custas dos norte-americanos.

As alegações vieram à tona quando dados obtidos pelo The New York Times mostraram que um muro de fronteira que Trump certa vez anunciou como “impenetrável” continuou a se provar muito penetrável. Na verdade, foi violado várias vezes por migrantes, exigindo reparos que, segundo os denunciantes, foram concluídos por trabalhadores que não foram autorizados pelo governo a trabalhar.

Documentos obtidos pelo The Times por meio de um pedido de Freedom of Information Act mostram que os agentes da Patrulha de Fronteira têm lutado para evitar que os imigrantes violem o muro, tal como aconteceu recentemente em parte das barreiras no setor de Tucson, no Arizona, violada recentemente.

Entre outubro de 2019 e março de 2020, os cabeços de concreto da parede foram violados mais de 320 vezes nos setores da Patrulha de Fronteira de San Diego; Tucson; El Centro, Califórnia; e Yuma, Arizona, de acordo com os documentos.

Liz Rogers, porta-voz da S.L.S., disse em um comunicado que a empresa não comenta casos em andamento. Jesse Guzman, presidente da Ultimate Concrete, disse em uma entrevista por telefone na segunda-feira, dia 07, que não tinha conhecimento da denúncia, mas rejeitou as acusações. “Todos podem alegar o que quiserem, e isso não significa que seja verdade”, disse ele, acrescentando que a acusação partiu de dois oficiais de segurança que ficaram com raiva porque “algo não saiu do jeito que eles queriam”.

Um porta-voz do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, sigla em inglês), Greg Davis, disse que a agência não cometa casos pendentes. “A falta de comentários não deve ser interpretada como concordância com qualquer uma das alegações”, disse ele.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.