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Publicado em 25/01/2021 as 8:00pm

Reforma imigratória de Biden já começa a enfrentar obstáculos

O presidente Joe Biden cumpriu a sua promessa de campanha e no primeiro dia de governo enviou ao...

Reforma imigratória de Biden já começa a enfrentar obstáculos Senador Ted Cruz diz que Biden coloca imigrantes indocumentados à frente dos trabalhadores norte-americanos

O presidente Joe Biden cumpriu a sua promessa de campanha e no primeiro dia de governo enviou ao Congresso a proposta de uma ampla reforma nas leis de imigração. No pacote há várias ações, entre elas a legalização dos 11 milhões de imigrantes que vivem no Estados Unidos. Ele também suspendeu as deportações durante os 100 primeiros dias de sua administração.

Além disso, permitiu que os “dreamers”, jovens que chegaram aos EUA quando crianças e são protegidos pelo DACA, tenham acesso a financiamento imobiliário e um caminho para a cidadania, com obtenção imediata do Green Card.

O problema é que existe uma opção para bloquear da proposta de Biden. Ela se chama “obstrução” e isso ocorre se Biden não conseguir 60 votos no Senado. Atualmente a casa está dividida com 50 senadores para cada partido (Democrata e Republicano).

Isso significa que os democratas precisam conquistar dez republicanos para evitar a obstrução, instrumento que pode atrasar ou impedir que uma legislação seja votada.  O senador democrata Robert Menendez classificou essa missão como “hercúlea”, no caso da reforma da imigração.

Especialistas acreditam que uma ampla reforma enfrentará muitos entraves, pois está longe de ser prioridade no meio de uma pandemia e crise econômica. “Em segundo lugar, pode acirrar ainda mais os ânimos polarizados. Muitos dos defensores de Trump veem os imigrantes, em especial os latinos, como inimigos”, disse Maria Fernanda Bozmoski, diretora para México e América Central do Atlantic Council, centro de pesquisas de Washington.

Ela afirmou que Biden não vai gastar o seu capital político para fazer passar essa reforma e que apresentou a reforma porque foi uma promessa de campanha. “Agora, ele deixará nas mãos dos legisladores, pois se não for aprovado, a culpa será do Congresso”, disse.

Dulce Matuz, fundadora e diretora do Arizona Dream Act Coalition, voltado para a defesa dos “dreamers”, também pensa da mesma forma e disse que a cada dia que passa ficará mais difícil aprovar a reforma. “Biden apenas apresentou esboços de seu projeto, que terá, quando pronto, mais de cem páginas”, afirmou.

Ela, porém, se disse mais otimista agora do que no passado.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.

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