Estudo mostra desigualdade sobre saúde para imigrantes na cidade de NY

O Centro de Estudos de Migração de New York (CMS, sigla em inglês) divulgou um novo relatório que traçou o perfil dos bairros de Brooklyn e Queens, onde as comunidades de imigrantes correm maior risco devido ao péssimo atendimento de saúde.

Como complemento ao relatório, o CMS também lançou uma ferramenta de dados, que mapeia os principais determinantes da saúde em Brooklyn, Queens, Manhattan e Bronx.

O relatório chamado de “Mapping Key Determinants of Immigrants Health in Brooklyn and Queens”, usa dados do American Community Survey (ACS) para analisar as dificuldades para acessar atendimento relacionado à saúde, tais como educação, pobreza, proficiência limitada em inglês e seguro de saúde, além de status de imigração.

“A maioria das pessoas considera os imigrantes um grupo homogêneo, mas quando você distingue os cidadãos dos não cidadãos, eles são populações diferentes com necessidades muito diferentes”, disse Vicky Virgin, consultora de pesquisa do CMS e co-autora do relatório. “Este estudo mostra a relação entre o status legal da imigração e os pontos fundamentais da saúde, como pobreza e seguro.

Como as questões de histórico de imigração ou status são muito sensíveis para serem discutidos em um ambiente de saúde, poucos dados estão disponíveis sobre os pontos principais para as comunidades de imigrantes. O relatório da CMS e a ferramenta de dados preenchem uma importante lacuna de informações para provedores de saúde, agências governamentais e organizações sem fins lucrativos que buscam melhorar seu trabalho com os imigrantes.

O relatório chega em um momento em que a pandemia da COVID-19 continua a devastar as comunidades de imigrantes e a distribuição de vacinas na cidade de New York tem sido desigual entre os grupos raciais e socioeconômicos. Vários dos bairros citados no estudo foram identificados como de maior risco com base nos nas questões importantes que envolvem a saúde. Estes locais foram devastados pela COVID-19 e é neles que residem uma grande proporção de imigrantes que trabalham em serviços essenciais imigrantes.

O relatório identificou Elmhurst / South Corona como um dos bairros mais vulneráveis ​​do Queens. Este bairro foi uma das áreas mais atingidas pela pandemia na em NY, e 84 por cento dos não cidadãos são trabalhadores essenciais.

“A pandemia deixou bastante claro que as respostas eficazes de saúde devem abranger toda a comunidade, particularmente aquelas que correm maior risco”, disse Donald Kerwin, o diretor-executivo do CMS. “Este relatório demonstra a vulnerabilidade de imigrantes, especialmente os indocumentados, e sugere que as iniciativas de expansão do seguro saúde e proteção dos direitos dos trabalhadores podem melhorar a saúde para todos os residentes de NY”.

O relatório está disponível através do link http://bit.ly/3spmpZl

O CMS realizará uma apresentação virtual e discussão sobre o novo relatório e ferramenta de dados no dia 1º de março, das 2:00 pm às 3:00 pm. Para participar, registe-se através do link http://bit.ly/3aO0Vzn ou entre em contato com Emma Winters, no e-mail ewinters@cmsny.org, para mais informações.

O Center for Migration Studies (CMS) é um instituto educacional com sede em New York dedicado ao estudo da imigração internacional, à promoção do entendimento entre os imigrantes e as comunidades receptoras, e às políticas públicas que salvaguardam a dignidade e os direitos dos imigrantes, refugiados e recém-chegados. Para obter mais informações, acesse www.cmsny.org.

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Fonte: Da redação