Imigrantes não precisam fornecer informações sobre identidade, nem seguro, para receber a vacina em CT, afirmam ativistas

“Quando você aparece para tomar a vacina contra a Covid-19, ninguém deveria perguntar nada a não ser ‘você é um residente de Connecticut?’”. Foi assim que pensou Robert Fishman quando deixou uma clínica de vacinação onde solicitaram informações sobre o seguro de saúde ele, que é diretor executivo da Connecticut Immigration and Refugee Coalition.

De acordo com ele, pedir identidade e seguro pode ser intimidante, principalmente para imigrantes indocumentados. “Estas informações não são necessárias para receber a vacina”, acrescentou. “As pessoas deveriam poder comprovar residência com outras formas de identificação”.

O site do Governo do Estado diz: “Nenhuma pessoa será rejeitada com base em sua capacidade de mostrar identidade. Embora o compartilhamento de suas informações de contato possa não ser necessário para a obtenção de uma vacina, a equipe do local de vacinação pode pedir uma identidade aos indivíduos. Os indivíduos ainda podem obter a vacina COVID-19 sem seguro ou carteira de identidade”.

O ativista afirmou que as clínicas de vaconação são obrigadas a pedir informações de identidade e seguro, mas as pessoas, incluindo residentes indocumentados, não são obrigados a mostrá-las.

O CVS torna as informações opcionais ao se registrar e disse em uma declaração à NBC Connecticut: "A vacina contra a COVID-19 é coberta por um programa federal para os não segurados. Se um paciente não tiver seguro, somos obrigados pela Administração de Recursos e Serviços de Saúde a pedir ao paciente que forneça um número de seguro social ou carteira de motorista válida / número de identificação do estado. No entanto, os pacientes não segurados não são obrigados a fornecer essas informações para receber uma vacina nossa".

Portanto, seja uma clínica de vacinação local ou uma empresa, os grupos comunitários orientam que podem refugiados ou indocumentados são elegíveis para uma vacina. “Infelizmente vemos muita desinformação sobre a vacina nestas comunidades”, disse Pema Bhutia, dos Serviços Integrados de Refugiados e Imigração (IRIS, sigla em inglês). “Então, é muito importante, quando fazemos nosso trabalho de divulgação, que eles saibam que são elegíveis, que é gratuito, que não precisam de seguro saúde ou de uma identidade para serem imunizados”, acrescentou.

Ela disse que algumas pessoas com quem ela trabalha temiam que houvesse agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) nas clínicas de vacinação. “Desfazer esses mitos também faz parte de meu trabalho”, afirmou.

Ela explicou que o governo federal confirmou que nenhuma atividade de imigração vai ocorrer. “Então, esses são os tipos de informação que estamos traduzindo e enviando à nossa comunidade para que as pessoas tenham a certeza de que ninguém perguntará sobre o status de imigração”, destacou.

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