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Publicado em 28/05/2021 as 1:00pm

Grupo de 15 brasileiras pedem “socorro” em presídio de imigração

“Estamos sem atendimento médicos e sendo tratadas como animais”, disseram elas em uma mensagem feita por vídeo

Grupo de 15 brasileiras pedem “socorro” em presídio de imigração Grupo alega descaso e falta de atendimento médico

Um vídeo que começou a circular nas redes sociais no começo da semana mostrou o que as autoridades norte-americanas estão a divulgar há algumas semanas, o aumento de brasileiros detidos na fronteira dos Estados Unidos com o México. Nele, um grupo de brasileiras aparecem em uma transmissão feita de dentro do Jackson Parish Correctional Center, na cidade de Jonesburgo, em Louisiana.

A primeira mulher, cujo nome não foi revelado afirma que os imigrantes estão sendo tratados como criminosos, não tem atendimento médico. “Eu tive crise de ansiedade e não tem ninguém que nos dê um suporte aqui”, disse ela. “Pedimos que este vídeo seja compartilhado para que nossas famílias nos encontrem e busquem ajuda”, continuou.

Ela acrescentou que há 15 brasileiras detidas na mesma ala que ela.

Em seguida outra detenta, que se identificou como Carol. Ela disse que está presa há três semanas, tem problemas de saúde e ninguém fornece remédio, nem atendimento médico. “Nos servem uma comida cheia de pimenta que é impossível comer. Somos tratadas como bichos”, afirmou.

Logo após, Pâmela também revelou que tem problemas de pressão, teve crise de ansiedade, está com manchas roxas nas pernas e o centro de detenção nega atendimento médico ou qualquer outro tipo de ajuda. “Quando a gente chama alguém para pedir ajuda, eles ficam debochando e rindo da nossa cara, como se a gente fosse animal ou um lixo”, disse. “Nós não matamos nem roubamos. Simplesmente entramos pela fronteira sem autorização”, seguiu.

Alessandra também tem problemas de saúde e disse que há uma semana precisa de uma medicação que está em sua bolsa apreendida pelos agentes, mas os guardas se negam a fornecer. “Estou com crise de sinusite, meu nariz está entupido, não sinto cheiro e eles não me dão o meu remédio”, afirmou. “Outro problema é que ninguém fala a nossa língua e no manual do centro diz que devido ser um lugar para imigrantes, todos precisam ter um intérprete em seu idioma”, continuou. “Isso é obrigatório. Já mostramos para eles, que prometem resolver, mas até agora nada”.

Ativistas alertam para uma questão que se tornou comum desde que o presidente Joe Biden assumiu o cargo. Diante das promessas de que ele criaria um projeto para legalizar os imigrantes que já estão dentro do país, muitos, equivocadamente, associaram isso a mentira contada pelos coiotes de que as fronteiras estariam abertas e o país aceitaria todos que entrassem por ela, mesmo que ilegalmente.

A crise imigratória que se instaurou na fronteira com o México levou a administração a tomar algumas medidas. Uma delas foi permitir a política implantada pelo presidente Donald Trump, que é deportar com rapidez o maior número de imigrantes. No dia 21 chegou ao Brasil o primeiro voo fretado com brasileiros deportados sob a presidente de Biden.

O advogado especializado em imigração, Danilo Brack, afirmou que outros voos estão programados para as próximas semanas. “A fronteira não está aberta e todos que entrarem serão detidos e deportados”, afirmou.

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