Desesperada, mineira continua luta para livrar filha do ICE

O jornal Brazilian Times relatou em edições histórias de brasileiras que foram detidas na fronteira dos Estados Unidos com o México e levadas para centros de detenção de imigrantes em Louisiana. Após as prisões, familiares iniciaram campanhas e pediram ajuda da imprensa para revelar os casos de abusos que supostamente estariam ocorrendo nas prisões.

Uma das brasileiras que está detida é Thaynara, que tem 21 anos de idade e foi presa logo após fazer a travessia, junto com o namorado. A mãe dela, Elisângela da Silva, 40 anos, moradora de Manhuaçu, em Minas Gerais. Ela denunciou que a jovem já perdeu sete quilos desde que chegou ao South Louisiana Ice Processing Center.

Elisângela disse que conversou com a filha, por telefone, e que ela relatou estar passando por dificuldades e não recebe atendimento médico mesmo doente. A mãe também disse que a jovem tem sofrido maus-tratos e ansiedade, que a deixa com fortes dores no peito e barriga, além de problemas no intestino. “Minha filha chega a chorar pedindo para ser atendida e quando me liga, também chora bastante”, disse.

No último contato que teve, Elisângela disse que filha relatou que estava há dois dias sem comer e que o centro só fornece lanches, sem horário definido. “Ela também ficou cinco dias sem poder ir ao pátio para tomar banho de sol”, acrescentou.

Elisângela disse que enviou e-mails para todos os consulados e que não obteve respostas de nenhum deles. “Apenas uma mulher que disse ser do Itamaraty retornou ao meu pedido de socorro, mas disse que não poderia fazer nada, pois a jovem estava sob custódia do departamento de imigração dos Estados Unidos”, disse.

A mineira também relata que os advogados estão cobrando muito alto para ajudar e que a família não consegue pagar. “Já tentei buscar ajuda em todos os lugares, mas sem sucesso”, disse ela que relatou o caso nas redes sociais, mídias norte-americanas e brasileiras. “Vou continuar nesta luta, pois nem a deportação voluntária apresentaram para ela”, disse. “O namorado dela já assinou a carta e em 45 dias mandam ele de volta para o Brasil”, continuou.

Elisângela disse que já não sabe a quem recorrer e que sua filha continua sem o atendimento digno e sofrendo. “Peço a Deus que traga ela de volta. Não tem necessidades de eles continuarem a judiar da minha filha. Só quero ela de volta”, faz o apelo.

Quem puder ajudar, de alguma forma, pode entrar em contato com Elisângela através do WhatsApp (33) 98412-9732.

 

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