Publicado em 20/10/2021 as 8:00am
Facebook criou ferramentas para coiotes ensinarem como cruzar a fronteira ilegalmente
“A empresa espera que o compartilhamento de informações ajude alguns imigrantes a entrarem no país por conta própria, em vez de recorrer a traficantes de seres humanos”, disse William Castleberry, vice-presidente do Facebook para políticas públicas estaduais.
Facebook promove imigração ilegal, afirma procurador
O Facebook admitiu que permite que as pessoas compartilhem informações sobre como imigrar ilegalmente ou ser contrabandeado para os Estados Unidos, dizendo que elaborou a política para dar a elas uma chance de asilo e evitar que dependam de traficantes de seres humanos.
A empresa fez a confissão através de uma carta privada enviada ao Procurador-geral do Arizona, Mark Brnovich, que ficou chocado com a revelação.
Ele escreveu uma carta no final da semana passada para o Departamento de Justiça e pediu ao Procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, que abra uma investigação sobre o gigante da mídia social e encontre uma maneira de "interromper seu incentivo ativo e facilitação da entrada ilegal".
Ele escreveu: “A política do Facebook de permitir que as postagens promovendo o contrabando de pessoas e a entrada ilegal nos Estados Unidos cheguem regularmente a bilhões de usuários mina seriamente o estado de direito”. Ele acrescentou qe “a empresa é um facilitador direto e, portanto, agrava a catástrofe que ocorre na fronteira sul do Arizona”.
No verão deste ano, Brnovich enviou uma carta que ressaltou a sua preocupação e questionou a direção do Facebook sobre a liberação de dicas e informações sobre a travessia ilegal.
Em uma longa resposta, a empresa de tecnologia disse que tenta remover conteúdo de tráfico de drogas ou postagens “promovendo serviços de contrabando humano”, mas acrescentou que as pessoas são livres para publicar informações sobre como atravessar ilegalmente a fronteira. “Nós permitimos que as pessoas compartilhem informações sobre como entrar ilegalmente em um país ou solicitem informações sobre como ser contrabandeada”, escreveu William Castleberry, vice-presidente do Facebook para políticas públicas estaduais.
Ele acrescentou que o Facebook conversou com “especialistas em direitos humanos” e percebeu que alguns imigrantes tentarão pedir asilo, que é um direito segundo a lei internacional. “A empresa espera que o compartilhamento de informações ajude alguns imigrantes a entrarem no país por conta própria, em vez de recorrer a traficantes de seres humanos”, disse.
Brnovich, em sua carta ao Departamento de Justiça, disse comparou o Facebook ao contrabando e o tráfico de pessoas, embora sejam crimes diferentes. O Procurador acrescentou que a empresa não faz exceções para publicações de atividades ilegais, como planos para a impressão de armas de fogo em 3D, mesmo alegando que o ojetivo é ajudar vítimas de violência doméstica ou perseguição.
Brnovich disse que se interessou pelo Facebook depois que seu escritório tentou publicar informações sobre o combate ao tráfico de pessoas e a empresa bloqueou as postagens. “Fiquei perplexo ao saber que o Facebook torna mais fácil publicações de um guia sobre imigração ilegal do que um departamento estadual de aplicação da lei combater o comportamento criminoso dos contrabandistas de pessoas”, disse.
(com informações do Washington Times)
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