Inquérito afirma que patrulha de fronteira dos EUA não feriu imigrantes no incidente de 'Rédeas balançando'

Os agentes da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos não atacaram imigrantes, mas se comportaram de forma inadequada, de acordo com um relatório divulgado pelo Departamento de Segurança Interna (DHS, sigla em inglês) divulgado na semana passada. Conforme as informações, em 19 de setembro de 2021, fotos polêmicas os mostraram “balançando rédeas” e “gritando obscenidades” para famílias haitianas ao longo da margem do rio em Del Rio, no Texas. No dia seguinte, o Escritório de Responsabilidade Profissional (OPR, sigla em inglês) iniciou uma investigação. O incidente, que “durou aproximadamente 30 minutos”, envolveu uns agentes e policiais do estado do Texas que espalharam um grande grupo de imigrantes reunidos ao longo do Rio Grande, segundo o relatório. Enquanto tentavam retornar ao acampamento, vários imigrantes foram “forçados a voltar para o rio” ou “perseguidos por agentes montados em cavalos”, continua o relatório.

Um dos casos citados pelo documento está um imigrante que foi agarrado pela camisa e “jogado ao chão". O presidente Biden e os democratas reagiram com raiva às imagens e vídeos do confronto, acusando os oficiais de chicotear os imigrantes e comparando o incidente com a visão horrível da escravidão americana. De acordo com Biden, os imigrantes foram “amarrados” e a punição seria administrada após uma investigação imediata.O Escritório de Responsabilidade Profissional do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, sigla em inglês), que atua como divisão de assuntos internos da organização, concluiu em um relatório de 511 páginas que nenhum imigrante foi ferido ou teve seu direito legal de solicitar asilo nos Estados Unidos rejeitado depois de quase nove meses se passaram.

Ainda assim, o uso de força injustificada pelos agentes e sua escolha de apoiar as tropas estaduais do Texas em sua tentativa de impedir os imigrantes contrariaram os objetivos da Patrulha de Fronteira, conforme o estudo. Uma declaração do CBP afirma que a avaliação interna descobriu “falhas em vários níveis da agência, falta de regulamentos e treinamento adequados e ações não profissionais e perigosas por vários oficiais”. Os promotores federais não apresentariam acusações criminais.

Segundo o CBP, no entanto, as conclusões foram encaminhadas a um conselho de revisão disciplinar da agência e um alto funcionário decidirá qual punição será imposta aos agentes. Após o incidente, os agentes foram transferidos para trabalhos administrativos. Na época, Biden explicou o quão horrível foi o incidente e prometeu que “essas pessoas [os agentes] pagariam”.

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