Estudantes indocumentados lutam para pagar as universidades do Arizona

Como veterana na PXU Digital Academy, em Phoenix (Arizona), Maria Magdalena Dominguez Torres começou sua busca pela faculdade, esperando seguir culinária ou artes cênicas. Mas não poder pagar as mensalidades no Arizona por causa de seu status de indocumentada, no entanto, tornou-se um fator importante em sua escolha.

Para ela, ir para a faculdade significa muito mais do que apenas continuar um caminho que muitos estudantes do ensino médio do Arizona seguem – ela se tornaria a primeira pessoa de sua família a cursar o ensino superior.

A sua família vive na área de Phoenix desde 2004. Os pais de Dominguez nasceram em Veracruz, no México, e ela nasceu em Chihuahua. Seus pais sempre a encorajaram a continuar seus estudos, e se formar na faculdade significaria que seus esforços para lhe dar mais oportunidades foram frutíferos.

A imigrante gostaria de estudar perto de sua família, mas os custos locais das mensalidades a levaram a procurar instituições em outros estados – incluindo a Brigham Young University, uma universidade particular em Utah –, já que as mensalidades seriam mais baratas para ela do que se ela frequentasse a Arizona State University.

Cerca de 2.000 estudantes indocumentados se formam no ensino médio no Arizona a cada ano, de acordo com o Portal de Imigração do Ensino Superior. Embora existam recursos financeiros disponíveis, tanto da escola quanto de organizações de educação e direitos dos imigrantes, muitos continuam lutando para pagar taxas altas.

Uma resolução que busca fornecer a alguns estudantes indocumentados acesso a taxas no estado, no entanto, pode mudar isso.

Pelo menos 19 estados, incluindo Califórnia, Texas, Flórida e Washington, têm legislação ou decisões do Conselho de Regentes que estendem as taxas de matrícula no estado para alguns estudantes indocumentados, de acordo com a Conferência Nacional de Legislaturas Estaduais. Arizona não é um deles.

A “Proposta 300” do Arizona, aprovada em 2006, exige que as pessoas tenham status de imigração legal para receber benefícios públicos. A medida inclui especificamente as mensalidades estaduais como um benefício público.

Devido a isso, estudantes indocumentados, incluindo “Dreamers”, não recebe ajuda pública para pagar mensalidades nas faculdades e universidades públicas do estado.

O programa DACA concede proteção temporária contra deportação, bem como permissões de trabalho para imigrantes indocumentados que chegaram aos EUA quando crianças.

Em 2015, os beneficiários do DACA receberam benefícios públicos para pagar as mensalidades no estado do Arizona depois que um juiz do Tribunal Superior do Condado de Maricopa decidiu que era constitucional porque os beneficiários do DACA tinham status de imigração legal no país. No entanto, em 2017, o Tribunal de Apelações do Arizona revogou esses benefícios e decidiu que o estado continuaria a excluir os “Dreamers” do acesso às mensalidades pagas pelo estado.

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