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Publicado em 13/08/2022 as 2:30am

Coluna Uiara

Maconha pode ser caminho legal para brasileiros se mudarem para os EUA. Advogada especializada...

Maconha pode ser caminho legal para brasileiros se mudarem para os EUA. Advogada especializada em imigração explica:

Mercado formal movimentou US$ 27 bi no país em 2021. Mas ainda há insegurança jurídica, já que o imigrante pode investir na agricultura, mas não pode trabalhar com o produto final

Beyoncé uma das artistas mais aclamadas do mundo, declarou usar produtos com CBD e cultivar maconha em sua fazenda.

A cantora não é exatamente pioneira, uma vez que o uso de substâncias como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol), presentes na cannabis sativa, a planta da maconha, já não é novidade na medicina, indústria têxtil, de estética, entre outros.

O que tem chamado a atenção é a quantidade de famílias brasileiras que têm migrado para estados norte-americanos nos quais a plantação da erva para extração de seus ativos é legalizada.

Uma delas, os Mendes, construiu em sete anos um império que hoje fatura cerca de US$ 2 milhões.

Atualmente 37 estados, três territórios e o Distrito de Columbia permitem o uso médico de produtos de cannabis e 19 estados, dois territórios e o Distrito de Columbia promulgaram medidas para regular a cannabis para uso adulto não médico de forma recreativa.

Nessas regiões é possível plantar e comercializar produtos derivados.

Segundo um relatório da consultoria New Frontier Data, em 2021 o mercado formal movimentou mais de US$ 27 bilhões no país.

E se você se considera careta demais pra trabalhar com maconha nos EUA, saiba que há outros setores se beneficiando deste mercado, e que sua experiência profissional pode ser muito bem aproveitada nessas regiões, veja as dicas de Liz Dell’Ome, advogada brasileira especializada em imigração de brasileiros para o país, fundadora do Dell’Ome Law Firm abaixo.

Imobiliário

Uma pesquisa realizada em 2018 pela Universidade do Mississipi revelou que o mercado imobiliário no Colorado, estado com vastas fazendas legais de maconha, cresceu cerca de 6% naquele ano.

A motivação foi justamente o mercado de produtos relacionados à droga, que atraiu investidores desde comerciantes, até famílias como a dos goianos Mendes, que busca áreas rurais para investir nesse negócio.

Para conseguir um visto como corretor imobiliário e atender a todo esse público, é preciso ser um residente permanente (ter um Green Card).

Existem diversas possibilidades, como o processo via EB2-NIW, para conseguir residir e trabalhar legalmente nos EUA.

Investidor Rural

Se você tiver US$900 mil, valor mínimo exigido para essa categoria, pode se candidatar ao visto EB-5.

O programa foi criado nos anos 1990 com o propósito de fomentar a economia de áreas consideradas menos desenvolvidas, denominadas de Targeted Employment Area (TEA).

O programa EB-5 capta recursos de estrangeiros para aplicar na economia americana e em retorno, oferece ao investidor a possibilidade de receber a Residência Permanente (Green Card).

O programa contempla o investidor, cônjuge e filhos menores de 21 anos.

É com esse valor que você vai buscar sua área rural para plantar cannabis e empregar pelo menos dez americanos ou residentes legais por um período mínimo de dois anos, outra exigência do programa.

Estilista de Moda

Usar o cânhamo, outro “ingrediente” da Cannabis Sativa em peças de vestuário e calçados já era sucesso nos anos 90.

A Adidas teve uma coleção de tênis que levava o nome Hemp, e que foi sonho de consumo de muito adolescente na época.

Agora, impulsionada pela legalização da erva em muitos países do mundo, a indústria da moda pode se beneficiar.

Se você tem talento para moda e acha que consegue propor coleções bacanas de roupas usando o cânhamo, pode tentar, por meio do EB1 ou EB2.

Mas somente um advogado licenciado nos Estados Unidos, e qualificado para a prática na área de imigração, poderá avaliar a elegibilidade de um interessado com relação a um pleito imigratório.

 

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