Moradores do Novo México realizam vigília para brasileiro morto sob custódia do ICE

No dia 1º, alguns moradores da cidade de Albuquerque, no Novo México, se reuniram em frente ao escritório do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) para homenagear o brasileiro Kesley Vial, que morreu sob custódia da agência. Os manifestantes acenderam velas e leram testemunhos.

Kesley, que tinha 23 anos, tentou entrar nos Estados Unidos de forma ilegal através da fronteira com o México. Ele foi detido em abril e colocado sob custódia do ICE, sendo levado para um centro de detenção de imigrantes em Albuquerque. Desde então ele ficou preso até a sua morte, no dia 24 de agosto.

No dia 1º, durante a vigília, algumas pessoas próximas ao brasileiro deramo seu testemunho. Um deles foi Wesley, que conheceu o brasileiro enquanto ele estava detido. Durante seu prinunciamento, leu uma carta afirmando que "seu tempo na prisão foi muito difícil e tudo o que ele pediu foi que voltasse ao seu país, o Brasil. Mas eles recusaram".

De acordo o testemunho, o brasileiro pediu para ser deportado e quando ele estava sendo colocado em um avião, os agentes do ICE o levaram de volta à prisão. “Ele ficou muito triste e ansiosoe isso acabou tirando sua vida", afirmou Wesley.

ENTENDA O CASO

Depois de ser preso, em abril, kesley foi transferido para a custódia do ICE no mesmo mês e, depois, para o centro de detenção do Condado de Torrance, no Novo México, onde ele aguardava decisão judicial para saber se poderia permanecer nos EUA ou seria deportado. Ele havia pedido asilo no país.

Os registros mostram que ele foi encontrado inconsciente no dia 17 de agosto nas instalações do centro de detenção. Uma equipe médica foi chamada e depois de examiná-lo, ainda no local, o transferiu para o Hospital da Universidade do Novo México, onde morreu uma semana depois.

Na semana passada, o Itamnaraty afirmou que vai apurar o caso e as condições em que o brasileiro morreu.