Pais imigrantes em NJ processam os EUA em US$ 6 milhões por separação familiar

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Três famílias que foram separadas sob a política de separação familiar na época do governo Trump estão processando o governo dos Estados Unidos em até US$ 6.000.000 em danos compensatórios, pelo trauma infligido a eles como resultado dessas ações.

As queixas legais foram apresentadas pelo Lowenstein Center for the Public Interest no escritório de advocacia Lowenstein Sandler, na segunda-feira (14), no Tribunal Distrital dos Estados Unidos em New Jersey. O processo foi protocolado em nome das crianças e de seus pais, que foram separados um do outro após cruzarem a fronteira com o México.

Ainda há 1.077 crianças cujo status de reunificação não foi confirmado, de acordo com o último relatório, datado de 30 de setembro, feito pelo Departamento de Segurança Interna (DHS, sigla em inglês), com base nos dados da Força-Tarefa de Reunificação Familiar para Crianças Separadas.

A maioria dessas crianças (719) ainda não foi reunida com seus cuidadores, mas o governo tem informações dos contatos de suas famílias. Quase 200 estão “em processo de reunificação”. Para 167 crianças, não há informações disponíveis e seus status de reunificação é desconhecido. O Departamento de Segurança Interna, o Departamento de Justiça e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos são nomeados em documentos judiciais como os departamentos federais que foram os “principais atores na concepção ou implementação da Política de Separação Familiar”.

Os documentos detalham histórias de agentes do governo que tiraram crianças de seus pais à força e descrevem os efeitos físicos e psicológicos duradouros desse trauma – incluindo desconfiança das crianças em relação aos adultos, medo de repetidas separações familiares, ansiedade e depressão entre pais e filhos e danos contínuos às relações entre eles.

Como resultado dessas separações, pais e filhos dizem ter dificuldade para dormir, dores de cabeça, dificuldade de concentração e dor de estômago, entre outros problemas. As denúncias também dizem que pais, filhos e membros da família receberam informações mínimas sobre o paradeiro uns dos outros, enquanto os pais eram levados para diferentes centros de detenção nos Estados Unidos, às vezes a centenas de quilômetros de distância de seus filhos.

Em todo o país, mais de duas dúzias de ações judiciais foram movidas em nome de famílias afetadas pelas políticas de separação familiar do governo Trump, de acordo com Catherine Weiss, presidente do Lowenstein Center for the Public Interest, que representa as famílias em Nova Jersey.

“Essas famílias fugiram da violência e da perseguição em seus países de origem e acabaram encontrando agentes do governo dos EUA que os abusaram e aterrorizaram ainda mais”, disse ela em um comunicado. "Os agentes do governo separaram crianças de seus pais, recusaram-se a fornecer qualquer informação sobre seu paradeiro ou bem-estar e falharam em rastrear famílias separadas para que pudessem eventualmente se reuni-las no futuro”, acrescentou.

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