Diretora assistente de escola em Rhode Island pede ajuda para pagar “coiotes” que contrabandearam estudante pela fronteira

Da redação

A diretora assistente de uma escola secundária de Rhode Island supostamente enviou um e-mail pedindo aos funcionários que enviassem doações para pagar um responsável pelo contrabando de um estudante através da fronteira dos Estados Unidos com o México.

De acordo com as informações, Stefani Harvey, diretora assistente da Mount Pleasant High School, em Providence, enviou um e-mail na quinta-feira, dia 26, pedindo doações para pagar os “coiotes” do aluno, que ela alegou serem “um grupo que ajuda as pessoas”.

No começou houve uma dúvida sobre a veracidade do e-mail, mas depois foi provado ser real, tanto pelo presidente do sindicato dos professores e quanto pelo diretor principal, que enviaram um e-mail chamando isso de “não apropriado”.

Maribeth Calabro, presidente do Sindicato dos Professores de Providence, disse que confirmou a legitimidade do e-mail com os membros que ensinam na escola. “Fiquei um pouco surpresa com o conteúdo”, disse ela. “Envolvi o distrito, liguei para a liderança do distrito e disse 'oi pessoal, o que está acontecendo aqui' e eles estavam cientes e disseram que quando foram informados de que entraram em modo de investigação imediata e que, uma vez concluída a investigação, haveria punições’”, acrescentou.

Calabro disse que alguns de seus membros pensaram que era um esquema para tirar dinheiro dos funcionários.

Tiffany Delaney, diretora da Mount Pleasant High School, confirmou e condenou o e-mail através de uma carta enviada aos funcionários. “Aprecio a contribuição do corpo docente e da equipe para uma causa que apoia um aluno, mas a natureza do pedido não é apropriada”, escreveu ela. “Todos os fundos arrecadados serão devolvidos e buscaremos métodos mais adequados para apoiar nossos alunos”, acrescentou.

A escola tem cerca de 1.100 alunos matriculados e uma grande quantidade de falantes de espanhol.

Os “coiotes” fazem parte de um negócio de alto risco, muitas vezes de alto rendimento, estimado em gerar US$ 6,6 bilhões por ano para contrabandistas que usam as rotas da América Latina para os EUA, de acordo com um relatório divulgado em 2010 pelas Nações Unidas.