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Publicado em 6/02/2023 as 8:00am

Mulher que foi vítima de tráfico humano diz que foi estuprada 40 mil vezes

Karla Jacinto nunca quis virar estatística, mas aos 12 anos foi traficada no México. Ela descreve a tortura brutal que suportou por quatro anos nas mãos de cafetões e criminosos, e como ela recuperou sua vida.


Karla Jacinto usa sua história para alertar sobre tráfico de pessoas

Karla Jacinto estima ter sido estuprada mais de 40.000 vezes. Vítima de tráfico humano, ela foi forçada a fazer sexo entre 30 e 40 vezes por dia, dos 12 aos 16 anos. “Era sempre um pedido de desculpas depois de uma surra, depois de me massacrarem no chão, depois de deixarem hematomas no meu corpo, depois de me verem chorar e sofrer, davam-me uma rosa e diziam que em amavam”, disse ela.

Karla Jacinto nunca quis virar estatística, mas aos 12 anos foi traficada no México. Ela descreve a tortura brutal que suportou por quatro anos nas mãos de cafetões e criminosos, e como ela recuperou sua vida.

Nos anos seguiontes depois que escapou de uma vida infernal nas mãos de traficantes, a história de Jacinto foi bem documentada. Ela viajou internacionalmente, falando com líderes mundiais e até com o Papa Francisco. Em janeiro, ela se juntou a um grupo de senadores dos Estados Unidos em uma viagem à fronteira sul para falar sobre os horrores que viveu.

"Os meus raptores disseram-me que eu nasci como ninguém e ia morrer como ninguém", recordou ela.

Em todo o mundo, uma em cada quatro vítimas da escravidão moderna são crianças, de acordo com um relatório divulgado em 2016 pelas Nações Unidas. "Não queria fazer parte desta estatística", disse Jacinto.

Quando ela tinha 12 anos, um homem de 22 anos a atraiu para longe de sua família. "Essa pessoa me mostrou uma casa, um carro, como uma vida elegante cheia de dinheiro, cheia de luxos", disse ela. "Os primeiros meses foram os mais felizes da minha vida. Mas três meses depois, fui forçada a me prostituir”, se emociona ao lembrar.

O homem que ela pensava tê-la tirado da pobreza, transformara-se no seu cafetão. Ele disse a ela quanto cobrar, com quantos homens dormir, quanto tempo ela teria que ficar lá. "As posições, a nudez, tudo o que eu precisava saber fazer com com uma pessoa que ia me pagar por algo que eu não queria", disse ela. "No primeiro dia bateram-me, cuspiram-me na cara", continuou Jacinto. "Eles treinam você para sorrir, não para sentir, para não chorar", destacou.

O tráfico humano gera cerca de US$ 150 bilhões em todo o mundo a cada ano, de acordo com um relatório de 2022 do Departamento de Segurança Interna. Os traficantes "vitimizam cerca de 25 milhões de pessoas em todo o mundo, com 80% em trabalho forçado e 20% em tráfico sexual", diz o documento.

Jacinto disse que seus raptores lhe ensinaram "lições de etiqueta" - o que vestir e como andar de salto alto. "Você tem que aguentar. Eles batem com paus, com correntes, com cabos se você não aprender", disse ela. "Eles até me queimaram com um ferro".

Aos 14 anos, Jacinto engravidou. "Do meu primeiro mês de gravidez até aos oito meses, trabalhei com uma barriga enorme", disse ela. Os sequestradores de Jacinto a mandaram de volta ao trabalho depois que sua filha nasceu de cesariana. Três meses depois, eles levaram seu bebê embora. "Fiquei um ano sem vê-la... não sabia se ela já tinha sido estuprada, morta ou até vendida", disse Jacinto. "Quando eles a deram para mim, ela tinha uma queimadura na bochecha", continuou.

Eventualmente, Jacinto disse que foi salva por um cliente chamado José. Ela disse que ele pagaba, mas não queria sexo. Ele queria apenas conversar para me entender, para me ouvir, para eu ouvi-lo", lembra. "Depois de milhares de pessoas que abusaram do meu corpo, ele foi o único que entendeu que eu era um ser humano e que tinha que sair dali", disse Jacinto.

Rosi Orozco, ex-deputada mexicana e uma das principais vozes na luta contra o tráfico de pessoas, foi uma das primeiras pessoas a ajudar Jacinto depois que ela fugiu. "Salvar uma vida é salvar o mundo", disse Orozco ao lado de Jacinto durante a viagem à fronteira, elogiando seu ativismo. "Ela ajudou tantos. O sucesso de Jacinto significa que sua própria família não terá que imigrar para os Estados Unidos em busca de um sonho", acrescentou.

Orozco disse que será necessário um esforço bipartidário e binacional para proteger a fronteira e impedir que mulheres e crianças sejam traficadas para os EUA. "Esta fronteira está fora de controle", disse ela. "Não é sobre política. É sobre meninas e meninos que também cruzam ilegalmente com pessoas que não são seus pais", explicou.

Para assistir a história completa de Jacinto, acesse o link http://bit.ly/3HZLYuD



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