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Publicado em 10/02/2023 as 8:00am

CAI-CAI: Senadora do Alabama apresenta projeto para acabar com esquema bastante usado por brasileiros na fronteira

Britt, que foi eleita em novembro passado também apresentou uma resolução onde pediu ao Senado que reconheça que a situação atual na fronteira sul como uma crise.


Senadora Katie Britt introduziiu os projetos na quinta-feira

A senadora do Alabama, Katie Britt, passou mais tempo na fronteira sul dos Estados Unidos do que no Capitólio durante seu breve período no cargo. Ela, que é republicana, apresentou quatro peças de legislação destinadas a "segurar e vedar" a fronteira e proteger as comunidades norte-americanas em meio a um influxo sem precedentes de imigrantes e tráfico de drogas.

Britt, que foi eleita em novembro passado também apresentou uma resolução onde pediu ao Senado que reconheça que a situação atual na fronteira sul como uma crise.

A resolução teve o apoio de 18 dos seus colegas republicanos no Senado. “Temos que reconhecer o problema antes de podermos resolvê-lo, mas o presidente Biden nem mesmo está disposto a fazer isso”, disse ela sobre a resolução. "Com um número recorde de americanos morrendo de envenenamento por fentanil, mortes recordes entre imigrantes que tentam cruzar a fronteira, lucros recordes dos cartéis e uma quantidade recorde de pessoas na lista de observação de terrorismo detidas na fronteira, não há dúvida de que isso é uma crise diferente de todas que já vimos", acrescentou.

Além da resolução, Britt também apresentou três medidas – a Keep Our Communities Safe Act, a Asylum Abuse Reduction Act e a WALL Act – em um esforço para fortalecer as medidas de proteção de fronteira e conter o fluxo de imigrantes.

A Keep Our Communities Safe Act – de acordo com o escritório de Britt – poria fim à conhecida política chamada pelos brasileiros de “cai-cai”, adotada na era Obama-Biden. Nesta estratégia, o imigrante se entrega aos agentes de imigração e depois são libertados para responder ao processo de deportação em liberdade. O problema é que eles desaparecem depois.

De acordo com a lei atual, os migrantes devem ser libertados da custódia nos EUA após seis meses, se nenhum outro país os aceitar para deportação. Quando os indivíduos chegam aos Estados Unidos, seja nos portos de entrada ou quando são pegos cruzando a fronteira ilegalmente, eles são considerados "estrangeiros que chegam" protegidos pelas leis de imigração.

De acordo com o código dos EUA, esses indivíduos devem ser detidos até que seja tomada uma decisão sobre sua admissão no país.

A Asylum Abuse Reduction Act visa abordar uma série de questões relacionadas ao processo de asilo e aumentar as consequências criminais para os imigrantes que não comparecem ao tribunal de imigração.

O escritório de Britt disse que a medida em quatro frentes – apoiada por 10 outros senadores do Partido Republicano – exigiria que os indivíduos em busca de asilo passassem por uma triagem preliminar, via telefone, com um oficial de imigração ou pessoalmente em uma embaixada ou consulado fora dos Estados Unidos antes de serem considerados para admissão.

O projeto de lei também imporia punições criminais mais pesadas ao implementar um mandado de condução coerciva para imigrantes que fogem dos processos judiciais. Esses mandados, por exemplo, notificariam os policiais que param um imigrante por um delito não relacionado a lei de imigração.

Além disso, a legislação visa evitar a separação familiar e codifica um plano da era Trump que proíbe os imigrantes de solicitar asilo nos Estados Unidos se não tiverem buscado as mesmas proteções em outros países antes de sua chegada.

A WALL Act, que tem cinco co-patrocinadores do Partido Republicano, gastaria fundos para concluir a construção do muro do governo Trump ao longo da fronteira com o México.



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