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Publicado em 15/08/2023 as 4:00pm

Estudo constata que estados anti-imigrantes afetam a saúde mental de crianças latinas

Da redação Crianças latinas que vivem em estados com leis mais severas que se aplicam a...

Da redação

Crianças latinas que vivem em estados com leis mais severas que se aplicam a imigrantes e com preconceito sistêmico contra eles têm maior probabilidade de enfrentar problemas de saúde mental ou condições crônicas de saúde física, de acordo com um novo estudo.

Publicado na terça-feira, dia 15, no periódico Pediatrics, pesquisadores utilizaram dados baseados em 17.855 crianças latinas em várias partes do país, com idades entre 3 e 17 anos. O estudo é proveniente da Pesquisa Nacional de Saúde Infantil realizada entre 2016 e 2020.

Cuidadores foram entrevistados sobre três áreas de saúde infantil: dificuldades de saúde no último ano; condições físicas crônicas diagnosticadas por um profissional de saúde, como asma, diabetes ou problemas cardíacos; e condições de saúde mental atuais também diagnosticadas por um profissional de saúde.

Ao final, o estudo considerou que políticas rigorosas em relação a imigrantes e atitudes em relação às comunidades latinas possuem uma grande influêncvia nas doenças.

Crianças latinas que viviam em estados que possuem potilicas contra imigrantes tinham maior probabilidade de ter uma ou mais doenças físicas e duas ou mais condições de saúde mental, mesmo após levar em consideração experiências individuais de discriminação e status socioeconômico.

Estados que obtiveram a maior pontuação como responsáveis pelas doenças são Alasca, Alabama e Nebraska, enquanto a Califórnia teve a menor pontuação.

Crianças latinas, que representam um quarto das crianças nos Estados Unidos, são conhecidas por ter um desempenho pior do que crianças cidadãs quando se trata de condições de saúde comuns, como doenças respiratórias e obesidade.

Acredita-se que os precomnceitos sistêmicos afetem a saúde das crianças ao causar estresse crônico e ao privá-las dos recursos necessários para apoiar um desenvolvimento saudável. Eles incluem atitudes e retórica preconceituosas direcionadas a minorias raciais ou étnicas, bem como leis projetadas para excluir indivíduos do acesso a serviços de saúde, emprego no setor privado, moradia e educação.

“Antes deste estudo, havia poucas pesquisas sobre o impacto de fatores sociais e sistêmicos mais amplos na saúde das crianças latinas”, disse a Dra. Natalie Slopen, pesquisadora principal do estudo e professora assistente no Departamento de Ciências Sociais e Comportamentais da Escola de Saúde Pública em Harvard. "Nossa esperança é que essas descobertas possam informar estudos futuros para identificar abordagens em nível macro para enfrentar as desigualdades de saúde", acrescentou.

Para o pediatra Dr. Ilan Shapiro, os resultados do estudo não foram surpreendentes. "Eu vi isso acontecer em todos os lugares onde pratiquei medicina: Illinois, Flórida, agora na Califórnia", disse ele, que é correspondente-chefe de saúde e oficial de assuntos médicos da Altamed, uma rede de saúde comunitária baseada na Califórnia.

“Crianças em comunidades latinas com uma rede de segurança real ao redor delas veem sua saúde melhorar, enquanto aquelas sem essa rede sofrem”, acrescentou ele.

Essa rede de segurança inclui acesso a serviços médicos na forma de clínicas de saúde comunitária, bem como acesso a alimentos saudáveis e acessíveis e moradia.

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