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Publicado em 23/12/2023 as 9:00am

Polícia de New York encontra mulher imigrante que morreu após atravessar fronteira do Canadá para os EUA

Na semana passada, uma mulher de 33 anos, natural do México, foi encontrada morta pela...

Polícia de New York encontra mulher imigrante que morreu após atravessar fronteira do Canadá para os EUA Imagem ilustrativa

Na semana passada, uma mulher de 33 anos, natural do México, foi encontrada morta pela polícia de New York após realizar a perigosa travessia a pé da fronteira dos Estados Unidos a partir do Canadá.

Ana Karen Vasquez-Flores teve seu corpo localizado no rio Chazy, na vila de Champlain, após uma intensa busca de dois dias conduzida pelas equipes de resgate no Condado de Clinton, situado cerca de 65 quilômetros ao sul de Montreal. O Major Nicholas Leon, do Gabinete do Xerife do Condado de Clinton, relatou que a vítima tinha como destino encontrar alguém nos Estados Unidos após a travessia.

A pessoa com quem Vasquez-Flores planejava se encontrar foi entrevistada pelos agentes da Patrulha da Fronteira dos EUA logo após a saída da mexicana do Canadá. Essa entrevista levou as autoridades a iniciar a busca, que também envolveu guardas florestais e bombeiros do estado de Nova York.

Leon explicou que, conforme compreendido pelas autoridades, a vítima seguiu exatamente o caminho planejado. Contudo, a tragédia ocorreu devido às flutuações naturais dos rios na região, especialmente perigosas devido às chuvas e ao derretimento da neve.

Agentes da Patrulha da Fronteira no Setor de Swanton, uma extensão da fronteira que vai da linha estadual de New Hampshire-Maine até a borda oeste do Condado de St. Lawrence, em Nova York, relataram um aumento impressionante no número de pessoas realizando a travessia a pé do Canadá para os EUA desde 2022. Uma postagem recente no Facebook destacou um aumento de 550%, totalizando 6.925 detenções de indivíduos de 79 países diferentes entre 1º de outubro de 2022 e 30 de setembro de 2023.

Restrições mais severas na fronteira sul dos EUA levaram milhares de mexicanos a buscar rotas alternativas, voando para o Canadá, que não exige visto de turista para mexicanos, e depois atravessando a pé para os EUA. Muitos solicitantes de asilo também enfrentaram desafios no Canadá, incluindo atrasos de até um ano na obtenção de permissões de trabalho e o aumento do custo de vida.

Infelizmente, casos semelhantes, como os de Fritznel Richard e Jose Leos Cervantes, que perderam a vida perto da fronteira EUA-Canadá em Quebec no último ano, destacam os perigos enfrentados pelos migrantes. Uma família romena e uma família indiana, junto com um homem local de Akwesasne que os ajudava a atravessar pelo rio St. Lawrence em março, também perderam a vida na busca por esperança nos Estados Unidos.

Em um comunicado, Mike Niezgoda, oficial de assuntos públicos da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, enfatizou os perigos associados à travessia fora dos pontos de entrada, especialmente durante a temporada de inverno, marcada por temperaturas abaixo de zero, terrenos acidentados e rios traiçoeiros.

Nicholas Leon destacou que as equipes de busca, envolvidas em operações semelhantes na mesma semana, conseguiram encontrar outros migrantes com vida. No entanto, ele alerta que tragédias como essa tendem a ocorrer mais frequentemente nos meses de inverno, quando muitos migrantes desconhecem os riscos dos rios cheios e das baixas temperaturas.

A família de Ana Karen Vasquez-Flores foi informada sobre sua morte. Embora não se saiba se ela tinha filhos, há indícios de que poderia estar grávida, adicionando uma camada adicional de tristeza a essa lamentável história. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre prisões relacionadas à travessia de Vasquez-Flores para os Estados Unidos. A prefeita de Champlain, Janet McFetridge, classificou a morte como uma tragédia, expressando o sentimento compartilhado por muitos diante dessa perda impactante.

 

 



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Fonte: DA REDAÇÃO

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