Publicado em 4/10/2024 as 6:00pm
Casa Branca rebate relatório sobre 13 mil imigrantes indocumentados nos EUA com condenações por homicídio
Fonte: Da redação
A Casa Branca se pronunciou sobre um relatório que afirma que cerca de 13.000 imigrantes ilegais nos Estados Unidos possuem condenações por homicídio. A declaração gerou um intenso debate entre a porta-voz do governo, Karine Jean-Pierre, e o correspondente da Fox News, Peter Doocy.
Durante uma coletiva de imprensa, Doocy questionou Jean-Pierre sobre a segurança das comunidades dos Estados Unidos, citando os dados alarmantes sobre condenações de imigrantes ilegais. Em resposta, Jean-Pierre afirmou que a informação é uma "representação falsa dos dados", ressaltando que a questão tem sido "desmentida" por vários meios de comunicação.
"Se estamos falando de dados, é essencial fazê-lo de maneira que não confunda o povo americano e, certamente, não minta", declarou Jean-Pierre, defendendo a necessidade de uma análise mais cuidadosa das informações divulgadas.
Doocy insistiu em obter esclarecimentos sobre o que exatamente seria a "misrepresentation". Em resposta, Jean-Pierre argumentou que os números devem ser contextualizados, citando que o número de remoções realizadas no último ano é o mais alto desde 2010, em comparação com administrações anteriores.
Dados recentes divulgados a legisladores republicanos indicaram que, entre os 7,4 milhões de indivíduos sob ordens de remoção, 425.431 têm condenações criminais, incluindo 62.231 por agressão e 14.301 por furto.
A controvérsia se intensificou quando o Departamento de Segurança Interna (DHS) emitiu uma declaração defendendo os dados, esclarecendo que eles incluem pessoas que entraram no país há mais de 40 anos e que muitos estão sob jurisdição de agências de aplicação da lei.
A troca de declarações reflete um clima de polarização em torno da questão da imigração e segurança nos Estados Unidos. À medida que os dados sobre crimes envolvendo imigrantes ilegais continuam a ser debatidos, tanto a administração Biden quanto os críticos devem navegar cuidadosamente entre fatos e percepções públicas, uma tarefa cada vez mais desafiadora em um cenário político conturbado.