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Revista # 72

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Após ação violenta do ICE em Worcester (MA), mãe brasileira vive escondida e faz campanha para sobreviver

Uma mãe brasileira está denunciando a ação de agentes do Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) após uma operação realizada na manhã de quinta-feira, 8 de maio, na Eureka Street, em Worcester (Massachusetts).


Uma mãe brasileira está denunciando a ação de agentes do Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) após uma operação realizada na manhã de quinta-feira, 8 de maio, na Eureka Street, em Worcester (Massachusetts). A ação resultou na prisão de três membros de uma mesma família e gerou indignação nas redes sociais, após um vídeo que mostra uma adolescente sendo imobilizada violentamente pelos agentes se tornar viral.

A mulher, identificada como a brasileira Augusta Clara, afirma que a série de eventos teve início no dia anterior, quando seu parceiro — pai de seu filho de apenas três meses — foi detido pelo ICE a caminho do trabalho. Segundo ela, o único motivo da abordagem foi o fato de ele ter buzinado para um carro que o fechou no trânsito, que, posteriormente, foi identificado como um veículo descaracterizado do ICE.

“Ele não cometeu crime algum. Apenas buzinou. E, por isso, foi preso”, afirmou Augusta.

Na manhã seguinte, Augusta relata que agentes do ICE estiveram em sua residência exigindo que ela devolvesse o carro do companheiro e comparecesse para assinar papéis relacionados à imigração. Ao sair com seu bebê e sua irmã de 17 anos, foi interceptada pelos agentes, que informaram que ela também estava sob custódia.

“Como eu estava com meu bebê, liguei para minha mãe pedindo que ela viesse buscá-lo. Quando ela chegou, os agentes tentaram prendê-la também. E em seguida, jogaram minha irmã no chão e a algemaram com violência. Tudo foi filmado por vizinhos.”

O vídeo que circula nas redes sociais mostra a jovem sendo contida por agentes enquanto grita, e moradores protestam contra a abordagem.

Após o episódio, Augusta afirma estar vivendo escondida, sem poder voltar para casa e sem acesso aos itens básicos para cuidar do filho. Segundo ela, a situação a impediu de trabalhar e agravou ainda mais sua situação de vulnerabilidade. “Estou vivendo com amigos. Não tenho roupas, fraldas, nada. Estou tentando sobreviver.”

A família lançou uma campanha online para arrecadar fundos e buscar apoio da comunidade enquanto enfrenta os desdobramentos legais da operação.

Para ajudar na campanha, acesse o link www.gofundme.com/f/help-augusta-clara-rebuild-after-ice-arrests

Autoridades ainda não se pronunciaram

Procurado pela imprensa, o ICE ainda não emitiu nota oficial sobre a operação em Worcester, tampouco esclareceu as circunstâncias que levaram às prisões da mãe, da irmã adolescente e da avó do bebê. Organizações de apoio a imigrantes da região estão acompanhando o caso e pressionam por esclarecimentos.

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