A decisão ocorre após a constatação de um rombo de US$ 12 bilhões nas contas públicas e o custo da expansão anterior do Medi-Cal ter superado as expectativas em US$ 2,7 bilhões, conforme revelou uma reportagem da Associated Press.
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Califórnia congela novas inscrições de imigrantes indocumentados no Medi-Cal a partir de 2026

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou o congelamento das novas inscrições de imigrantes indocumentados no programa de saúde estadual Medi-Cal a partir de 2026, como parte de um esforço para conter o crescente déficit orçamentário. A medida deve gerar uma economia estimada de US$ 5,4 bilhões até 2029, segundo o governo estadual.
A decisão ocorre após a constatação de um rombo de US$ 12 bilhões nas contas públicas e o custo da expansão anterior do Medi-Cal ter superado as expectativas em US$ 2,7 bilhões, conforme revelou uma reportagem da Associated Press.
Apesar do congelamento, os imigrantes indocumentados já inscritos no programa continuarão com o benefício, e crianças permanecerão protegidas pela cobertura. No entanto, a partir de 2027, adultos sem status legal migratório terão que pagar uma mensalidade de US$ 100 para manter o acesso ao plano.
A medida gerou forte reação de organizações democratas e grupos de defesa dos imigrantes, que alertam para o impacto negativo sobre as comunidades mais vulneráveis. Segundo os críticos, a mudança representa um retrocesso em um estado que sempre se destacou por sua política de inclusão.
Newsom, por sua vez, defendeu a iniciativa como “difícil, porém necessária” para garantir a sustentabilidade fiscal da Califórnia. Ele atribuiu o desequilíbrio nas contas públicas à alta nos custos com saúde, à queda na arrecadação de impostos e à instabilidade econômica nacional.
A Califórnia é o estado com o maior número de programas sociais do país, muitos dos quais beneficiam diretamente imigrantes indocumentados. O congelamento do Medi-Cal representa uma inflexão nas políticas de acolhimento adotadas pelo estado nos últimos anos.
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