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Com medo de Trump, estudantes estrangeiros, incluindo brasileiros, apagam redes sociais e evitam protestos

Para os alunos, o receio vai além da deportação: perder o visto significa interromper os estudos, perder investimentos e sonhos pessoais.


Estudantes estrangeiros que vivem legalmente nos Estados Unidos relatam um clima crescente de medo e insegurança desde o retorno de Donald Trump à presidência. A nova postura do governo republicano em relação às universidades e aos alunos internacionais tem provocado reações silenciosas e defensivas: jovens evitam se expor, apagam redes sociais, excluem grupos de WhatsApp e até param de participar de atividades extracurriculares.

Estudantes temem até falar com a imprensa com medo de represálias. Segundo os relatos, os estudantes: Excluíram ou ocultaram perfis em redes sociais; Apagaram publicações antigas e abandonaram grupos online; Deixaram de participar de jornais estudantis e outras atividades de visibilidade; Evitam manifestações políticas no campus; Cancelaram viagens ao país de origem por medo de não conseguir retornar aos EUA.

A tensão aumentou após medidas adotadas por Trump desde sua posse. Em poucos meses, o presidente: Acusou universidades de elite de antissemitismo e doutrinação; Ameaçou cortar verbas de instituições que não se alinhem às exigências do governo; Chegou a proibir, temporariamente, a presença de alunos internacionais em Harvard — decisão revertida na Justiça; E, segundo o site Politico, ordenou a suspensão na emissão de vistos estudantis em consulados dos EUA.

Durante a campanha, Trump já havia demonstrado desconfiança em relação ao intercâmbio acadêmico, prometendo “limpar as universidades de espiões estrangeiros”. Agora no poder, a retórica se transforma em medidas práticas, deixando milhares de estudantes em situação vulnerável.

Diego Scardone, vice-presidente da Harvard Brazilian Association (HBASS), afirma que muitos alunos recém-aprovados estão com o futuro em risco. “Eles investiram cerca de 90 mil dólares por ano em mensalidades, pagaram adiantamento de aluguel, compraram passagens — e agora não conseguem o visto? É um absurdo. Estão sendo usados como peça de negociação política.”

Para os alunos, o receio vai além da deportação: perder o visto significa interromper os estudos, perder investimentos e sonhos pessoais. E mesmo sem medidas formais contra eles individualmente, o efeito psicológico é devastador.

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