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Publicado em 10/02/2009 as 12:00am

Senado dos EUA aprova pacote de estímulo de US$ 838 bilhões

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira, 10, após uma longa negociação e diversas modificações, o novo pacote de estímulo à economia dos EUA, defendido pelo presidente Barack Obama

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (10/02), após uma longa negociação e diversas modificações, o novo pacote de estímulo à economia dos EUA, defendido pelo presidente Barack Obama. Na forma como foi aprovada, a medida ficou em US$ 838 bilhões - pouco acima do valor em que estava até antes da votação na Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) em 28 de janeiro, US$ 825 bilhões.

Agora, com a aprovação, os senadores irão precisar realizar uma sessão conjunta para harmonizar o texto com o que foi aprovado pelos deputados no dia 28 de janeiro. A previsão é que de que até sexta-feira (13/02) o pacote seja enviado a Obama para ser sancionado. Quando aprovado na Câmara, o valor foi modificado para US$ 819 bilhões. Ao chegar no Senado, as alterações começaram e o montante ficou em mais de US$ 900 bilhões.

Na sexta-feira (6/02), porém, republicanos e democratas chegaram a um novo acordo para votar um pacote de US$ 780 bilhões. E ontem, por fim, o Senado decidiu que a medida que iria à votação teria um valor de US$ 838 bilhões. Obama fez pressão sobre os senadores em diversas ocasiões para que aprovassem a medida. Na segunda feira, 9, num evento em Elkhart (Indiana, centro-norte dos EUA), Obama disse que o debate no Senado sobre o pacote foi "bom, mas agora é hora de agir" para aprovar a medida. Nas palavras de Obama, a "paralisia" sobre o pacote pode "aprofundar o desastre". "Tivemos um bom debate. Agora é hora de agir. É por isso que estou pedindo ao Congresso que aprove a legislação imediatamente", disse. O projeto vem sendo criticado pelos republicanos, que não deram um só voto ao pacote na Câmara.

A principal queixa da oposição é que o projeto fará aquilo que o presidente tem destacado como seu principal componente: criar empregos. Obama defende que o plano de estímulo irá criar entre três e quatro milhões de empregos.

No mês passado, a economia americana perdeu quase 600 mil empregos e a taxa de desemprego subiu para 7,6%; no país todo, o número de pessoas desempregadas atualmente é de 11,616 milhões. O número de vagas fechadas no ano passado ficou próximo de 3 milhões, contra os 2,6 milhões calculados no mês passado; e desde o início da atual recessão (dezembro de 2007), o país já perdeu 3,6 milhões de empregos.

 

Demora

O assessor econômico de Obama, Lawrence Summers, disse que a recuperação da economia americana pode não começar antes do início de 2010. Ele já havia comentado que a nova administração "herdou o pior sistema financeiro desde a Grande Depressão", entre o fim dos anos 20 e início dos anos 30 do século passado. Ele afirmou que os gastos contemplados no pacote, principalmente para a educação e, em parte, para a Previdência Social, "não serão permanentes". "Isso não se fará de maneira permanente no orçamento. Em um dado momento, sairemos dessa recessão, e os gastos serão reduzidos", afirmou, referindo-se às críticas dos republicanos, que acusam o pacote de prever gastos, e não estímulo.

Em um editorial na edição desta terça-feira, 10, intitulado A better stimulus bill (Uma lei melhor de estímulo, em tradução livre), o diário americano The New York Times informa que as chances de que mesmo um pacote de US$ 800 bilhões talvez não seja suficiente para combater a crise "infelizmente são altas", e mais ajuda será necessária no futuro. "Quando a administração Obama pedir mais, terá de ser capaz de argumentar de forma convincente que a primeira ajuda foi a melhor possível", diz o texto.

 

Espiral negativa

Em sua primeira entrevista coletiva como presidente, Obama defendeu a aprovação do pacote para evitar uma "espiral negativa" na economia do país. Antes das perguntas, ele leu uma declaração defendendo a aprovação da medida, e a questão do plano de estímulo dominou a coletiva. "Quando você demora a agir em situações como essa, você entra em uma espiral negativa", ele disse.  Obama avaliou que grande parte da oposição ao pacote vem de restrições "sinceras e filosóficas" à interferência do governo na economia, mas lembrou o exemplo do New Deal - o programa de investimentos estatais dos anos 30 - que teve o objetivo de combater a Grande Depressão.

 

Fonte: (Folha News)

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