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Publicado em 9/03/2009 as 12:00am

Para principais BCs do mundo, economia mundial se aproxima da recuperação

A economia mundial está se aproximando de um ponto de recuperação, se forem considerados alguns elementos positivos, afirmaram nesta segunda-feira os presidentes dos principais bancos centrais do mundo

 A economia mundial está se aproximando de um ponto de recuperação, se forem considerados alguns elementos positivos, afirmaram nesta segunda-feira os presidentes dos principais bancos centrais do mundo, o chamado G10. A declaração ocorre apenas um dia depois de o Bird (Banco Mundial) prever uma retração global e um déficit de até US$ 700 bilhões para os países emergentes.

O G10 é, na verdade, um grupo formado por 11 países e que concentra 85% da economia mundial. Os países-membros são: Alemanha, Bélgica, Canadá, EUA, França, Itália, Japão, Holanda, Reino Unido, Suécia e Suíça.

"Temos um número de elementos sugerindo que estamos nos aproximando do momento em que teremos uma recuperação", disse Jean-Claude Trichet, porta-voz dos bancos centrais do G10, após a reunião bimestral na sede do BIS (Banco de Pagamentos Internacionais) da Basileia.

"Eu diria que estamos em um nível em que o que há de positivo não foi necessariamente levado em conta", acrescentou, em referência à queda dos preços do petróleo e outras matérias-primas, assim como os pacotes de estímulo adotados pelos governos para enfrentar a crise.

Porém, ele lembrou que "a maioria dos observadores espera um crescimento negativo para os países desenvolvidos neste ano". "O crescimento mundial deve ficar próximo de zero em 2009, mas com uma recuperação em 2010", indicou Trichet, que também é presidente o BCE (Banco Central Europeu).

O porta-voz do G10 também disse que vê com bons olhos o resgate estatal das gigantes do setor de hipotecas dos EUA, Fannie Mae e Freddie Mac, que têm os títulos da metade de toda a dívida hipotecária nos Estados Unidos no valor de mais de US$ 11 trilhões. Recentemente, o governo dos EUA anunciou que intervirá nas duas entidades hipotecárias com uma injeção adicional de liquidez de US$ 200 bilhões.

"Existe um compromisso muito forte das autoridades, dos governos, para não deixar as instituições de importância sistêmica naufragarem, o que representa um forte compromisso que não tem sido levado totalmente em conta pelos mercados", segundo Trichet.

Banco Mundial

Com investidores privados em fuga de mercados emergentes, a crise econômica imporá a países em desenvolvimento déficits de financiamento de entre US$ 270 bilhões e US$ 700 bilhões neste ano, alertou em estudo o Banco Mundial.

O órgão afirmou ainda que 2009 testemunhará a primeira contração da economia global desde o fim da Segunda Guerra, em 1945 --no fim de 2008, o Bird estimava avanço de 0,9%. O comércio internacional não será poupado e deverá encolher pela primeira vez desde 1982, observando a maior queda desde a Depressão dos anos 1930, segundo o texto.

Fonte: (Folha Online)

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