Publicado em 17/03/2009 as 12:00am
Obama apresenta plano para facilitar crédito às pequenas empresas
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou hoje um plano de US$ 730 milhões para facilitar o crédito às pequenas empresas, um fator que considera fundamental para recuperar a saúde econômica
O presidente dos
Estados Unidos, Barack Obama, apresentou hoje um plano de US$ 730 milhões para
facilitar o crédito às pequenas empresas, um fator que considera fundamental
para recuperar a saúde econômica.
Em um ato na Casa
Branca, Obama, que compareceu tinha a seu lado o secretário do Tesouro
americano, Timothy Geithner, afirmou que "as pequenas empresas são o
coração da economia americana", e foram responsáveis por 70% dos empregos
nos últimos 10 anos.
Mas muitas delas
sofrem com problemas, embora deem lucro, porque os bancos estão cancelando as
linhas de crédito com que contavam para honrar seus pagamentos. "Enquanto
não destravarmos o fluxo creditício em direção a estas firmas, não conseguiremos
superar a crise", assegurou hoje o governante americano.
"Este será só um
primeiro passo em um esforço contínuo para assegurar que as pessoas podem ter
acesso a empréstimos", prometeu. Em um sentido
similar, se pronunciou o secretário do Tesouro, que destacou que quando as
pequenas empresas prosperam, o resto da economia
O plano anunciado hoje
por Obama e Geithner exige dos 21 principais bancos que recebem ajudas do
Estado um relatório mensal sobre os empréstimos que concedem às pequenas
empresas.
As entidades
financeiras de menor porte que recebem ajuda federal também deverão divulgar um
relatório sobre o crédito às pequenas empresas, mas com periodicidade
trimestral.
Além disso, as
autoridades americanas pediram aos bancos que não recebem assistência pública
que façam "um esforço" para facilitar os empréstimos às pequenas
firmas.
O plano anunciado por
Obama e Geithner também prevê reduzir as taxas dos empréstimos públicos e
ampliar as garantias de pagamento que o Governo oferece através da Agência da
Pequena Empresa (SBA, na sigla em inglês) até 90% do valor do empréstimo. Atualmente,
essas garantias cobrem 85% para créditos de menos de US$ 150 mil, e 75% para
empréstimos maiores.
Com a ampliação da
cobertura, o Governo pretende reduzir o risco para os bancos de uma possível
moratória por parte do empresário e estimular novos empréstimos. Os fundos
estão incluídos no plano de estímulo econômico de US$ 787 bilhões promulgado em
fevereiro.
Esse plano de estímulo
representa uma das pedras angulares na estratégia da Casa Branca para enfrentar
a crise, junto com o resgate do sistema financeiro.O programa de estímulo se
mostrou até agora impopular tanto entre os analistas, que o consideram vago,
como entre o público, descontente com as injeções multimilionárias para as
entidades financeiras em Wall Street.
Também não conseguiu,
até o momento, fazer com que volte a fluir o fluxo creditício, um dos
principais problemas do Governo para superar a crise econômica. O mal-estar
aumentou depois de neste fim de semana ser divulgada a notícia de que a
seguradora AIG, que no ano passado precisou de uma injeção de US$ 170 bilhões
de fundos federais para evitar a ruína, pagou a seus executivos US$ 165 milhões
em bonificações.
O governante americano
comentou hoje sobre esta situação em seu discurso, e qualificou as bonificações
de "degradantes". Obama assegurou que seu Governo "vai explorar
todas as vias legais" para evitar o pagamento desses pagamentos extras
que, em sua opinião, "destacam a necessidade de uma reforma exaustiva do
sistema regulador financeiro".
O chefe da Casa Branca
afirmou que a AIG é "uma empresa que se encontra imersa em problemas
econômicos devido a sua avareza e sua temeridade". "É difícil aceitar que os diretores da AIG mereçam qualquer
bonificação, muito menos pagamentos extras de US$ 165 milhões.
Fonte: (G1)