O surto de gripe suína que deixou o mundo em alerta na última semana entrou em declínio, segundo afirmou neste domingo, (3/5), o ministro da Saúde do México, país no qual a doença começou a se propagar e que teve o maior número de casos confirmados até agora.

Segundo o ministro José Ángel Córdova, o pico de contágios pelo vírus H1N1, causador da gripe suína, parece ter ocorrido entre os dias 23 e 28 de abril. O México confirmou 506 casos de contágio pela gripe, com 19 mortes.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, foram confirmados ao todo 787 casos da doença em 17 países do mundo. Apenas uma morte ocorreu fora do México, no Estado americano do Texas. "A evolução da epidemia está agora em sua fase de declínio", disse Córdova em uma entrevista coletiva na Cidade do México.

 

Alerta

O aparecimento do surto de gripe suína levou a OMS na última semana a elevar o nível de alerta para a doença para o nível 5, o penúltimo de uma escala até 6.

Vários países adotaram medidas de controle. O México, país mais atingido, iniciou uma paralisação de cinco dias de todos os serviços não-essenciais, entre eles restaurantes e repartições públicas, numa tentativa de conter a propagação do vírus.

Questionados sobre a avaliação do ministro mexicano sobre a evolução do surto, especialistas da OMS disseram que a atual "onda de atividade" do vírus pode ter passado do seu pico, mas que as autoridades de saúde devem ficar em alerta para evitar um novo surto.

No sábado, 2,  a OMS já havia afirmado que não havia sinais de propagação do vírus de maneira sustentada fora dos três países da América do Norte - México, Estados Unidos e Canadá -, que concentram até agora 94% de todos os casos no mundo.

 

No Brasil, já existem 15 casos suspeitos

Com a identificação de um caso suspeito de gripe suína no Distrito Federal e outro no Mato Grosso, o número de casos suspeitos da influenza A (H1N1) no Brasil subiu para 15. Até sábado, o país registrava 14 casos suspeitos, mas um caso foi descartado no Rio de Janeiro, onde o número caiu de quatro para três, segundo informações do Ministério da Saúde.

O paciente do DF - cuja identidade está sendo mantida em sigilo pela Secretaria de Vigilância à Saúde - foi identificado no sábado (2/5) e está internado no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), unidade de referência para os possíveis casos suspeitos no DF. De acordo com a Secretaria, todas as medidas preventivas já foram adotadas.

São considerados casos suspeitos pessoas que, nos últimos dez dias, tenham estado em países afetados pelo vírus ou mantido contato próximo com uma pessoa classificada como caso suspeito e apresentem febre repentina acima de 38°C e tosse (acompanhada ou não de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, com dificuldade respiratória).  Nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, o número de casos suspeitos foi mantido em seis, três e um, respectivamente.

De acordo com relatório divulgado, cresceu também o número de casos da doença sob monitoramento, para 44 - até sábado eram 41.