Publicado em 6/07/2009 as 12:00am
EUA e Rússia fecham acordo para redução do arsenal nuclear
Meta é ter um máximo de 1.675 ogivas 7 anos após tratado entrar em vigor. Rússia libera que tropas dos EUA cruzem o país rumo ao Afeganistão
Os EUA e a Rússia chegaram nesta segunda-feira (6) a um acordo de
intenções para cortar o número de ogivas nucleares para entre
1.500 e 1.675, em um prazo de sete anos após a entrada em vigor
de um novo tratado de redução de armas.
O acordo prévio foi fechado durante conversações
entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e o da Rússia, Dimitri
Medvedev, no Kremlin.
Mas, apesar do acordo, as discrepâncias entre os dois países sobre o projeto do escudo antimísseis americano na Europa persisteam.
Depois do anúncio do acordo, Medvedev e Obama deram entrevista conjunta em que também anunciaram um acordo para que a Rússia permita o trânsito aéreo de tropas americanas sobre seu território rumo ao Afeganistão.
Rússia e EUA possuem cada um entre 2.000 e 3.000 ogivas
mobilizadas - ou seja, prontas para uso imediato. Os atuais
acordos limitam em 1.600 o número de vetores.
Partindo "deste entendimento", os
negociadores russos e americanos darão continuidade às
conversações para tentar concluir um novo tratado sobre a
redução dos arsenais nucleares para suceder o histórico Start,
que expira em 5 de dezembro.
Washington e Moscou detêm juntos mais de 90% do
número total de bombas atômicas existentes.
O acordo de desarmamento era considerado a espinha
dorsal dos esforços para a melhoria das relações entre os dois
países, que foram consideravelmente desgastadas durante a
presidência de George W. Bush.
Outro tema que gera discórdia é o polêmico projeto do escudo
antimísseis americano na Europa, que há meses azeda as relações
entre Moscou e Washington.
"Não estamos de acordo ainda sobre a
avaliação das consequências de tal ou qual decisão da
administração americana; para nós, o tema relativo ao terceiro
componente de seu escudo antimísseis continua aberto",
afirmou o vice-ministro russo das Relações Exteriores Serguei
Riabkov, referindo-se ao desejo americano de instalar o escudo
na Polônia e na República Tcheca.
Fonte: (G1)