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Publicado em 6/06/2013 as 12:00am

Vice-premiê turco recebe lista com exigências de representantes de grupo antigoverno

Vice-premiê turco recebe lista com exigências de representantes de grupo antigoverno


Representantes do grupo que ajudou a incitar os protestos antigoverno na Turquia entregaram ao vice-premiê do país, Bulent Arinc, uma lista com suas exigências, nesta quarta-feira (5), segundo informou o jornal norte-americano "The New York Times".

A lista de pedidos inclui as destituições dos governantes de Istambul, Ancara e Hatay, assim como as dos chefes de seguranças nessas três cidades. Também estão entre as exigências a liberação dos manifestantes detidos, a interrupção do uso de gás lacrimogêneo pela polícia, e o cancelamento do projeto que, inicialmente, motivou os protestos: a construção de uma obra que destruiria o parque da praça Taksim, em Istambul.

Em entrevista coletiva após o encontro com o vice-primeiro-ministro, um porta-voz do Taksim Solidarity Group (Grupo de Solidarieade a Taksim, em inglês), que liderou os protestos para salvar o parque Gezi, Tayfun Kahraman, disse que Arinc "recebeu nossa lista de exigências e disse que iria avalia-la".

Desde o início das manifestações, na última sexta-feira (31), foram registradas oficialmente duas mortes e uma terceira teria sido confirmada pela Associação Médica da Turquia nesta quarta: um homem, que estava internado após ter recebido um tiro na cabeça da polícia de Ancara durante os protestos antigovernamentais. O jornal "Hürriyet Daily News" informou que Ethem Sarisuluk não resistiu aos ferimentos.

Os outros dois mortos são um homem de 22 anos, que foi atingido na cabeça por uma bomba de fumaça disparada de um veículo policial durante uma manifestação na província de Hatay, e um jovem que foi atropelado por um carro particular quando levantava uma barricada em Istambul.

Ao menos 2.300 pessoas já foram feridas nos protestos que se espalharam por 60 cidades no país, onde a população aderiu aos manifestos e os ampliou para criticar o governo do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan. Já o governo divulgou que o número de feridos chega a 300, a maioria policiais.

A polícia aumentou as operações de segurança e prendeu dezenas de pessoas sob acusação de provocar atos ilegais nas redes sociais.

Greve

O sexto dia consecutivo de protestos também é marcado por uma greve convocada pela Confederação dos Sindicatos de Trabalhadores Públicos (KESK), a Confederação dos Sindicatos Revolucionários de Trabalhadores (DISK), o Colégio Oficial de Médicos da Turquia (TTB) e a União de Colégios Oficiais de Engenheiros e Arquitetos (TMMOB).

Em declaração conjunta, os agrupamentos exigem do governo garantias de que preservará a área do parque Gezi, em Istambul, onde os protestos começaram após o início de uma remodelação urbanística no local, que seria transformado em uma área comercial.

Os organizadores da greve também defendem o fim do uso de gás pimenta contra os manifestantes, além de investigação contra as ações policiais mais violentas.

Além disso, os grevistas exigem a libertação dos milhares de manifestantes presos e, inclusive, um pedido de desculpas, além de levantar a proibição de manifestações em praças emblemáticas como a Taksim, em Istambul. (com informações de agências internacionais e do "The New York Times")

Fonte: www.uol.com

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