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Publicado em 17/06/2013 as 12:00am

Verdade chegará mesmo que me matem, diz informante de grampos dos EUA

Verdade chegará mesmo que me matem, diz informante de grampos dos EUA


O ex-consultor de tecnologia da Agência Nacional de Segurança dos EUA Edward Snowden afirmou que o governo americano não conseguirá impedi-lo de revelar o alcance do programa secreto de espionagem eletrônica do governo americano.

"Tudo que posso dizer agora é que o governo não poderá ocultar isso mandando me prender ou me matar. A verdade chegará e não poderá ser detida", afirmou Snowden, durante entrevista ao vivo promovida pelo site do jornal britânico "The Guardian".

Snowden, 29, está desde 20 de maio em Hong Kong, para onde viajou antes de divulgar por meio do "Guardian" e do jornal "The Washington Post" detalhes sobre um programa secreto da agência de segurança para vigiar as comunicações na internet de usuários de todo o mundo.

A mais recente das revelações de Snowden é que o Reino Unido teria espionado delegados do G20 durante as reuniões de abril e setembro de 2009, informou o "Guardian". Entre os funcionários afetados pelas práticas estariam delegados da Turquia e África do Sul, segundo o jornal.  

A agência de serviços secretos britânicos Government Communications Headquarters (GCHQ) teria utilizado "capacidades de inteligência inovadoras" para ouvir as comunicações das personalidades que participaram nas duas reuniões, segundo os documentos as quais o Guardian teve acesso.

Segundo os documentos revelados, os serviços de inteligencia teriam instalado cibercafés, onde interceptavam as comunicações, e vigiavam os correios eletrônicos e as ligações dos telefones BlackBerry dos delegados. A agência também instalou um dispositivo que permitia saber quando os delegados entravam em contato entre eles e priorizava algumas personalidades, em particular o ministro turco das Finanças, segundo os documentos citados pelo jornal.

As revelações acontecem no momento em que o Reino Unido recebe, durante dois dias, os dirigentes dos países do G8 na Irlanda do Norte, no encontro internacional mais importante desde o G20 de 2009.

O Guardian informa também que a agência GCHQ recebeu relatórios da NSA sobre as tentativas da agência americana de escutar uma ligação por satélite para Moscou do então presidente russo, Dmitri Medvedev.

Segundo os documentos, a ordem de reunir informação sobre os delegados do G20 procedia de um nível superior do governo, dirigido na época pelo primeiro-ministro trabalhista Gordon Brown. 

Uma semana depois da reunião de cúpula de setembro de 2009, um relatório interno concluiu que "o plano de escuta de ligações teve muito êxito e foi bem recebido como um indicador atual de atividade dos delegados".

"Foi útil para controlar a atividade das delegações nacionais antes, durante e depois da reunião. Em definitivo, foi um fim de semana de muito sucesso quanto à operação de telefonia", completa o texto.

O governo não comentou sobre a matéria.

Fonte: www.uol.com

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