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Publicado em 21/09/2013 as 12:00am

Milícia islâmica 'Shebab' está dividida mas segue perigosa

Milícia islâmica 'Shebab' está dividida mas segue perigosa


Milícia islâmica 'Shebab' está dividida mas segue perigosa


NAIRõBI, 22 Set 2013 (AFP) - A milícia islâmica somali "Shebab", que realizou o ataque contra um shopping de Nairóbi neste sábado, conserva uma importante capacidade de ação, apesar das lutas internas capazes de radicalizar ainda mais o movimento.

Após ser expulsa de Mogadíscio em agosto de 2011 pelas Forças da União Africana (Amisom) que apoiam o governo somali, a milícia islâmica, ligada à Al-Qaeda, foi forçada a abandonar a totalidade de seus bastiões no centro e no sul do país, mas manteve o controle sobre vastas zonas rurais da Somália.

Os "Shebab" - jovens em árabe - são remanescentes da revolta contra as forças etíopes que invadiram a Somália em 2006, com o apoio dos Estados Unidos, para derrubar a União de Tribunais Islâmicos que controlava Mogadíscio.

Com cerca de 5 mil homens, a milícia islâmica realizou duas operações espetaculares em Mogadíscio em abril e junho passados, contra um tribunal e o principal complexo da ONU.

Em setembro, os "Shebab" emboscaram o comboio do presidente somali Hassan Cheikh Mohamoud, que escapou ileso. Dias depois, a milícia reivindicou um duplo atentado que deixou 18 mortos em Mogadíscio.

"Os shebab permanecem como a principal ameaça à sobrevivência do novo governo somali", estima o Instituto de Estudos de Segurança (ISS), baseado na África do Sul.

Segundo o ISS, seu objetivo agora é tornar o país "ingovernável", e não mais assumir o poder.

A eleição do presidente Hassan Cheikh Mohamoud, em setembro de 2012, após uma série de governos transitórios sem poder ou corrompidos, suscitou a esperança do surgimento de uma autoridade central na Somália, mas o governo ainda luta para se impor.

Apesar da violência do líder supremo dos "Shebab", Ahmed Abdi Godane, contra diversos comandantes que contestaram sua autoridade, a milícia permanece como uma ameaça real e cada vez mais radical, segundo analistas.

No final de junho, os homens de Godane mataram dois líderes históricos dos "Shebab": Ibrahim Haji Jama Mead ("O Afegão") e Abdul Hamid Hashi Olhayi.

Outros dois líderes históricos da milícia opostos a Godane conseguiram escapar do expurgo: Moktar Robow se refugiou na região de Sul-Bakool e Hassan Dahir Aweys foi detido pelas autoridades somalis quando fugia do país.

Em meados de setembro, partidários radicais de Godane mataram o célebre 'jihadista' americano combatente na Somália desde 2006, Omar Shafik Hammami, também conhecido como Abu Mansur al-Amriki ("Mansur, o Americano").

Paradoxalmente, Washington oferecia um prêmio de cinco milhões de dólares pela cabeça de Mansur.

O ataque deste sábado foi qualificado pelos 'Shebab' como uma represália à intervenção das forças armadas do Quênia no sul da Somália.

"Esta é a justiça punitiva pelos crimes de seus soldados" envolvidos no conflito somali. "Por terra, ar e mar, as forças quenianas invadiram nossa pátria muçulmana, matando centenas de muçulmanos e provocando a fuga de milhares".

O Exército do Quênia entrou na Somália em 2011, onde ocupa o sul do país, como parte da força africana multinacional que apoia o governo somali contra os rebeldes islâmicos.

Fonte: www.uol.com

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