Publicado em 29/01/2015 as 12:00am
Avião da AirAsia caiu no mar em 3 minutos
O órgão também assinalou que o Airbus 320-200 estava em boas condições quando saiu da cidade indonésia de Surabaia com 162 pessoas a bordo em direção à Cingapura.
O Comitê Nacional para a Segurança no Transporte da Indonésia informou em entrevista coletiva que o piloto supervisionava o copiloto e que toda a tripulação estava corretamente certificada.
O órgão também assinalou que o Airbus 320-200 estava em boas condições quando saiu da cidade indonésia de Surabaia com 162 pessoas a bordo em direção à Cingapura.
O chefe da investigação do comitê, Mardjono Siswosuwarno, assegurou que o registro de voo permite ter uma "ideia muito clara" dos últimos minutos antes do acidente, mas evitou dar uma explicação das causas da queda.
Segundo Siswosuwarno, o avião voava a uma altura estável e dentro dos limites de peso e equilíbrio quando o piloto pediu para subir de 32.000 para 38.000 pés ao deparar com uma tempestade que atingia os 44.000 pés.
Apesar de obter permissão para subir até os 34.000 pés, o avião virou à esquerda para subir até 37.400 pés em 30 segundos e depois voltou a descer para 32.000 pés em outros 30 segundos, antes de começar a queda no mar, que demorou três minutos.
Apenas 70 corpos foram recuperados até o momento.
As autoridades indonésias continuam a busca das 92 pessoas que continuam desaparecidas após o acidente, depois que as Forças Armadas suspenderam na terça-feira os trabalhos de recuperação dos destroços do avião.
O relatório preliminar foi submetido à Organização Internacional de Aviação Civil, mas seu conteúdo não foi divulgado. O relatório final deve levar cerca de sete meses para ser concluído.
Familiares das vítimas do MH370 rejeitam compensação e querem "a verdade"
Os familiares das
vítimas chinesas do voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu
em março do ano passado em um fato qualificado nesta quinta-feira
como "acidente" pelo governo malaio, rejeitam receber
a compensação que é oferecida pela companhia aérea por conta do
acidente.
"Não aceitamos sua conclusão. Que evidências
têm para concluir que foi um acidente?. Devem continuar
investigando. Queremos a verdade", afirmou em declarações à
Agência Efe Steven Wang, que atua como porta-voz do grupo de
familiares dos passageiros chineses que embarcaram no voo MH370, no
total, 153 pessoas.
As famílias chinesas não planejam, por
enquanto, realizar nenhum ato de protesto, depois que as autoridades
restringiram a manifestação pública de suas denúncias nas últimas
ocasiões.
As autoridades da Malásia declararam hoje como
acidente o desaparecimento do avião de Malaysia Airlines em 8 de
março do ano passado e como supostamente mortas as 239 pessoas que
estavam a bordo, por isso que os familiares das vítimas poderão
iniciar o processo para reivindicar compensações por parte da
companhia aérea.
"Acho que ninguém aceitará (a
compensação econômica). Eu serei o primeiro. Não têm nenhuma
base para encerrar este caso", denunciou Wang, cuja mãe estava
no avião desaparecido há quase um ano.
O jovem, que se
encarregou de transferir a crítica dos parentes através do contato
com os meios de comunicação durante estes meses de dados confusos e
nos quais não foram encontradas partes do aparelho apesar da intensa
busca, considera que a Malásia está ocultando dados.
Essa é
a sensação compartilhada pelos parentes chineses que, desde o
primeiro momento do fato, se queixaram da desinformação e da falta
de contato direto com a companhia e com o governo malaio, que liderou
a busca.
"Não sabemos muitíssimas coisas. Eles também
não. Por que se acham no direito de acabar com a história?",
questionou Wang.
Apesar de sua crítica, as famílias chinesas
não planejam, por enquanto, realizar nenhum ato de protesto, depois
que as autoridades chinesas restringiram a manifestação pública de
suas denúncias nas últimas ocasiões.
O governo chinês
pediu hoje à Malásia que cumpra com sua obrigação de pagar os
familiares das vítimas e pediu que siga com a busca do avião "de
forma imediata".
Além disso, reafirmou sua disposição
a tentar encontrar o aparelho, que desapareceu após partir de Kuala
Lumpur com 239 pessoas a bordo e após mudar a rota de forma
"deliberada", segundo os analistas.
O intenso
rastreamento internacional que foi realizado então por mar, terra e
ar, e que se alargou até hoje, não conseguiu resolver este caso,
que já se transformou em um dos maiores mistérios da história da
aviação.
Fonte: uol.com.br