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Publicado em 19/11/2015 as 12:00am

França admite risco de ataque químico e assembleia amplia emergência

Proposta foi feita pelo governo após atentados com 129 mortos em Paris. Aprovação foi feita pela Assembleia Nacional francesa nesta quinta.

A Assembleia Nacional da França aprovou nesta quinta-feira (19) o prolongamento do estado de emergência por três meses. A proposta foi feita pelo governo após os atentados que deixaram 129 mortos e 352 feridos em Paris.

O estado de emergência começou no sábado (14), com duração inicial de 12 dias. Antes de entrar em vigor, a extensão do prazo será apresentada ao Senado, nesta sexta-feira (20).

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, advertiu para o risco de um atentado com "armas químicas ou bacteriológicas" ao solicitar à Assembleia Nacional a prorrogação do estado de emergência.

O decreto do estado de emergência, dispositivo criado na época da Guerra da Argélia, em abril de 1955, coloca o país em um estado anterior ao estado de sítio. Ele prevê uma série de medidas para assegurar a ordem pública e prevenir contra atentados. A maior parte das medidas, na prática, nunca são aplicadas, de acordo com o jornal francês "Le Monde".

No estado de emergência, o responsável pelo departamento pode determinar o fechamento provisório de salas de espetáculo, pubs e locais de reunião. Além dele, o ministro do interior ganha o poder de pedir buscas a domicílio de dia e de noite e de tomar todas as medidas necessárias para controlar a imprensa e as publicações de diferentes naturezas, de acordo com o periódico.

Até agora, a medida mais importante adotada foi a aprovação de várias buscas sem autorização da Justiça desde segunda-feira (16). Mais de 150 buscas foram feitas sem autorização judiciária em várias cidades francesas como Bobigny, na grande Paris, ou Marselha, Lyon e Lille.

Os deputados franceses também autorizaram ao governo a bloquear, dentro do estado de emergência decretado, os sites e redes sociais que fazem apologia ao terrorismo. A ação não é inédita. Em março deste ano, cinco sites foram fechados.

Esta disposição, proposta por deputados de centro, foi adotada depois dos debates sobre o prolongamento do estado de emergência.

Risco de armas bacteriológicas
O governo francês autorizou no sábado, ao Laboratório das Forças Armadas, a distribuição de um antídoto contra as armas bacteriológicas aos serviços de emergências civis de todo o território, segundo a AFP.

"Estamos em guerra. E não o tipo de guerra a que tragicamente a história nos acostumou. Não, uma guerra nova – externa e interna –, na qual o terror é o primeiro objetivo e a primeira arma", disse o chefe de governo aos deputados.

Manuel Valls também defendeu a rápida adoção do arquivo europeu de passageiros aéreos. "Passenger Name Record" (PNR).

A polícia informou que policiais franceses estarão autorizados a transportar sua arma enquanto a França estiver o estado de emergência, de acordo com a Reuters.

Internação de radicais
O primeiro-ministro anunciou ainda a criação de uma nova estrutura para internar "jovens radicalizados. O financiamento está pronto, o quadro jurídico e o projeto quase no ponto para a abertura de um local até o final do ano", disse. A estrutura receberá os "arrependidos", que serão "examinados para medir sua vontade de reinserção", destacou Valls.

Ao mesmo tempo, o premiê descartou a possibilidade de ingresso nesta estrutura dos jihadistas que retornam da Síria ou Iraque. "O lugar deles é a cadeia. Um centro para a 'desradicalização' não pode ser uma alternativa à detenção carcerária." 

Bélgica
Os serviços de segurança fazem nesta quinta seis operações em Bruxelas, na Bélgica, no tentativa de localizar Bilal Hadfi, que detonou os explosivos perto do Stade de France (Estádio da França), matando uma pessoa.

O primeiro-ministro belga, Charles Michel, rejeitou as críticas aos serviços de segurança do país, que está no centro das investigações sobre os ataques da semana passada.

O premiê belga também anunciou que a Bélgica irá gastar 400 milhões de euros adicionais no combate ao Estado Islâmico.

Morte do mentor dos ataques
Na quarta-feira (18), uma megaoperação policial foi realizada em Saint-Denis, no norte de Paris, e prendeu um grupo que planejava um novo ataque e estava "pronto para agir", disse o procurador francês François Molins.

A ação, que começou na madrugada e terminou às 9h, foi uma caçada a suspeitos de terrorismo, em especial ao mentor dos ataques contra a capital francesa, o belga Abdelhamid Abaaoud. A Procuradoria de Paris confirmou, nesta quinta-feira, que ele estava entre os dois mortos na operação. Ele foi atingido por tiros e granada. A mulher que explodiu um colete e morreu no local foi identificada como prima de Abdelhamid.

Os alvos da operação planejavam realizar um ataque ao distrito financeiro parisiense de La Defense, de acordo com a agência Reuters.

Fonte: globo.com

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