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Publicado em 22/02/2016 as 12:00am

Papa pede a imigrantes nos EUA que 'não desanimem, nem se envergonhem'

O pontífice falou para milhares de pessoas, a imensa maioria latina no Independece Hall, berço da independência dos Estados Unidos

O papa Francisco terminou nesta quarta-feira (17) sua visita ao México com uma escala marcante em Ciudad Juárez, na fronteira mexicana com o Texas. A missa campal que ele rezou pela memória dos migrantes clandestinos falecidos durante a travessia da fronteira reuniu mais de 200 mil fiéis vindos de todo o México e dos Estados Unidos. Incluindo as 30 mil pessoas reunidas em El Paso, do lado americano da fronteira, para assistir a cerimônia. Na sua visita a Ciudad Juárez e nesta missa transfronteiriça, o primeiro papa latino-americano ilustrou a unidade espiritual transnacional da Igreja católica e, numa certa medida, da latinidade.

Antes mesmo da viagem de Francisco para Ciudad Juárez, Donald Trump, pré-candidato republicano à Casa Branca, havia criticado a iniciativa, acusando o governo mexicano de manipular o papa para continuar a tirar proveito da imigração clandestina para os Estados Unidos. Aludindo ao projeto de Trump de fazer o México pagar pela construção de um muro na fronteira entre o México e os Estados Unidos, o papa adentrou na campanha eleitoral americana, respondendo duramente ao ataque de Trump: "Uma pessoa que só pensa em construir muros, e não pontes, não é um cristão". A polêmica mostra a dimensão importante do tema da imigração latina na campanha presidencial americana.

Além do peso dos latinos no eleitorado da maioria dos Estados americanos, dois dos principais pré-candidatos republicanos, os senadores Ted Cruz e Marco Rubio, são filhos de imigrantes cubanos. Porém, levados pela radicalização conservadora da base republicana, ambos os pré-candidatos assumem um discurso anti-imigratório, em contraste com a postura mais tolerante que os republicanos Ronald Reagan e George H. W. Bush (pai) tiveram nos seus mandatos presidenciais. O caso mais emblemático é o do senador do Texas, Ted Cruz.

Constatando que dificilmente obteria mais do que 30% dos votos latinos, porcentagem próxima (27%) daquela que foi registrada por Mitt Romney na presidencial de 2012, Ted Cruz fez sua escolha. Seu discurso afasta-se da cultura latina para tentar captar o voto anti-imigrantista dos brancos evangélicos e dos trabalhadores mais conservadores.

 

Fonte: braziliantimes.com

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