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Publicado em 21/03/2016 as 4:01pm

Dois cometas passam 'raspando' na Terra entre hoje e amanhã

O último cometa a passar tão perto foi o Lexell (D/1770 L1), que em 1º de julho de 1770 passou a 2,2 milhões de km.

No passado, quando um cometa aparecia nos céus, era tido como um sinal de mau agouro, muitas vezes prenunciando a morte de reis e a queda de impérios. Sem querer soar apocalíptico, mas entre segunda e terça-feira teremos não um, mas dois cometas fazendo aproximações rasantes da Terra —e um deles é o que passará mais próximo do nosso planeta desde 1770.

Nesta segunda (21), o cometa 252P/Linear estará a cerca de 5,34 milhões de km da Terra. Já no dia seguinte, o P/2016 BA14 estará a 3,5 milhões de km -cerca de nove vezes a distância até a Lua. Pode parecer muito, mas diante da imensidão do espaço, é praticamente uma quase colisão.

O último cometa a passar tão perto foi o Lexell (D/1770 L1), que em 1º de julho de 1770 passou a 2,2 milhões de km.

Os dois cometas em rápida aproximação estão praticamente na mesma órbita e têm o mesmo período: pouco mais de cinco anos. Isso faz alguns astrônomos digam que o P/2016 BA14 seja um pedaço do 252P que se desprendeu.

A missão da sonda Rosetta ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko mostrou que os astros são basicamente pedaços de gelo e rocha, recobertos por uma camada de compostos orgânicos, sendo passíveis de quebras como essa.

O encontro dos dois cometas com a Terra se dá perto de seu periélio —o momento de máxima aproximação do Sol. Apesar disso, são astros pouco brilhantes, em função de seu período orbital curto.

Afinal, depois de múltiplas passagens pelas redondezas do Sol, muito de seu gelo já evaporou e se foi. É justamente esse processo que aumenta seu brilho e produz as famosas caudas dos cometas.

"O interessante é que o 252P está aumentando bastante de brilho", diz Cristóvão Jacques, do Observatório Sonear, em Oliveira (MG).

Nos últimos dias, ele chegou ao limite da sensibilidade para observação a olho nu.

No céu, o cometa está próximo à Grande Nuvem de Magalhães, a mais notável das galáxias-satélites da Via Láctea.

 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

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