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Publicado em 10/05/2016 as 10:00am

Epidemia de overdoses faz aumentar doadores de órgãos nos EUA

Nº de doadores que morreram por overdose aumentou 270% em 9 anos. Em média, 78 americanos morrem por dia por conta dos opiáceos.

A epidemia de morte por overdose de drogas aumentou expressivamente o número de doadores de órgãos nos Estados Unidos, segundo reportagens do portal de notícias "U.S. News & World Report" e do jornal "The Washington Post".

Cada vez mais pessoas morrem por overdose nos Estados Unidos. Desde 2000, esse número cresceu 137%, de acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA. Grande parte das mortes estão ligadas ao uso de remédios à base opiáceos, como alguns analgésicos, e pelo uso de heroína.

Em média, 78 americanos morrem por dia por conta dos opiáceos. Em 2014, foram quase 19 mil casos, segundo o CDC.

Por conta disso, houve um aumento de 270% no número de doadores de órgãos que morreram por overdose, entre 2006 e 2015, passando de 230 para 848 casos, revelou uma pesquisa da United Network for Organ Sharing (UNOS).

“O aumento de doadores de órgãos nos últimos anos é substancial”, falou ao "Washington Post", David Klassen, diretor médico da United Network for Organ Sharing. “Uma parte significante disso pode ser explicado pelas overdoses de drogas, mas não toda. Há um grande esforço na comunidade de transplante para aumentar a consciência da doação, completou.

Há mais 80 mil americanos na fila de transplantes. Em média, morrem 20 pessoas da lista de espera por dia, por não encontrarem um doador, segundo as estatísticas da UNUS.

Muitos hospitais e candidatos a receber transplantes estão cautelosos em usar órgãos do chamado “grupo de risco”, como os de usuários de drogas, por temerem a contaminação por hepatite C e outros doenças infeciosas.

“Doadores de órgãos [em geral] são examinados para HIV, Hepatite B e Hepatite C. Doadores de alto risco recebem exame complementar”, disse Klassen. "Alto risco é uma coisa relativa. O risco de transmissão da doença de alguém que é rastreada por esse processo é relativamente baixo. Ainda assim, é impossível eliminar completamente o risco de transmissão de doenças, mesmo a partir de doadores não-alto risco”, completou.

Apesar de representar um grande problema de saúde pública, as mortes por overdose fazem surgir um novo público de doadores. “Temos que convencer as pessoas que esses órgãos podem ser usados por representarem um baixo risco [de saúde]. Essa é uma nova população de doadores, que inclui jovens, pessoas saudáveis, estudantes e trabalhadores”, disse a vice-presidente do Banco de Órgãos de New England, Helen M. Nelson, ao U.S. News & World Report.

Fonte: http://g1.globo.com/

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