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Publicado em 3/10/2017 as 2:00pm

EUA registram 273 tiroteios em massa nos primeiros 275 dias de 2017, diz associação

O americano Stephen Paddock disparou tantos tiros de seu quarto de hotel que a leve fumaça que...

O americano Stephen Paddock disparou tantos tiros de seu quarto de hotel que a leve fumaça que costuma subir após o uso de uma arma de fogo foi tão intensa que disparou o alarme de incêndio - o que teria sido o estopim para que o atirador tirasse a própria vida.

Segundo a imprensa dos EUA, o homem que matou 59 pessoas e deixou pelo menos 527 feridos em Las Vegas, na noite de domingo, tinha mais de 20 armas em seu quarto - algumas delas automáticas, com cartuchos de munição capazes de armazenar dezenas, ou até centenas de balas de uma só vez.
O arsenal transformou Paddock, um homem nascido nos EUA há 64 anos, no autor do tiroteio em massa mais letal da história recente dos Estados Unidos.

E a concorrência não é pequena. Nos primeiros 275 dias de 2017 (ou de 1º de janeiro a 2 de outubro), 273 atiradores como Paddock deixaram rastros de desolação, mortos e feridos pelo país.
Isso significa que, em média, apenas dois dias em todo o ano não tiveram incidentes como o ocorrido nesta semana em Las Vegas.

Os dados são da associação Gun Violence Archive (GVA - ou Arquivo da Violência Armada, em tradução livre), que registra episódios como este desde 2013 a partir de dados do governo e das forças de segurança dos EUA.

EUA x Brasil

Ainda segundo a GVA, 11.685 pessoas - morreram neste ano por disparos de armas de fogo nos Estados Unidos - 42 por dia.

O número impressiona, mas equivale a um terço das mortes por tiros registradas diariamente no Brasil - 123 por dia, segundo o Mapa da Violência 2016, estudo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FPSP).

O que difere os EUA do Brasil são os tiroteios em massa - pouco comuns no noticiário brasileiro, onde a maioria das mortes costuma ser resultado de confrontos entre policiais e traficantes, brigas entre grupos rivais ou disputas no campo.

Para chegar às estatísticas americanas, a Gun Violence Archive define como tiroteio em massa (ou "mass shooting") os episódios em que quatro ou mais pessoas são alvejadas ou mortas por um mesmo atirador ou grupo de atiradores.

"Apesar de não ter sido uma surpresa, por conta da frequência em todo o país, é muito difícil antecipar um tiroteio em massa como o ocorrido em Vegas", disse à BBC Brasil Mark Bryant, diretor-executivo da GVA.

Praticante de tiro nas horas vagas, Bryant costuma dizer que defende a "prevenção contra a violência vinda de armas de fogo", e não "o fim do porte de armas".

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