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Publicado em 12/02/2018 as 2:00pm

Brasileiro flagrado com US$ 20 milhões no colchão pega 3 anos de prisão

Cleber Renê Rizério Rocha foi considerado culpado de lavagem de dinheiro em conexão com a Telexfree.

Brasileiro flagrado com US$ 20 milhões no colchão pega 3 anos de prisão As autoridades americanas afirmam Cléber Renê Rizério Rocha na realidade atuou como avião.

Na quinta-feira (8), o réu Cléber Renê Rizério Rocha, de 28 anos, foi sentenciado a quase 3 anos de detenção numa penitenciária federal, após assumir a culpa em outubro do ano passado por lavagem de dinheiro. Em janeiro de 2017, investigadores encontraram cerca de US$ 20 milhões em dinheiro no interior da base de um colchão num apartamento em Westborough (MA) como resultado de uma investigação da TelexFree Inc., uma companhia falida de serviços telefônicos via internet, a qual os promotores públicos acreditam ter sido na realidade um esquema de pirâmide multibilionário.

A Promotoria Pública alega que a TelexFree tinha poucos clientes e adquiriu a quase totalidade dos lucros de pessoas que “investiam” na companhia com a promessa de pagamentos por postar online os anúncios.

As autoridades americanas afirmam que Rocha na realidade era um “avião” do executivo da TelexFree foragido, Carlos Wanzeler, e tentava recuperar o dinheiro que estava escondido nos EUA. As autoridades calculam que 1 milhão de pessoas espalhadas pelo mundo foram lesadas em aproximadamente US$ 1.8 bilhão. Outro executivo da empresa, James Merrill, assumiu a culpa e, em março do ano passado, foi sentenciado a 6 anos de detenção.

Rocha foi enviado aos EUA com a missão de recuperar algum do dinheiro acumulado pela TelexFree para, posteriormente, enviado ao Brasil depois de ter sido lavado em Hong Kong.

Os US$ 20 milhões estavam escondido sob a base de um colchão no interior de um apartamento em Westborough.

Entenda o caso:

Em 5 de janeiro de 2017, a Promotora Pública Carmen M. Ortiz anunciou o confisco de US$ 20 milhões descobertos sob um colchão em Massachusetts. A descoberta ocorreu depois que Cléber Renê Rizério Rocha, de 28 anos, foi preso em decorrência da acusação de lavagem de dinheiro ligada a um esquema global multimilionário. A justiça americana acusou o brasileiro de conspirar para cometer lavagem de dinheiro em um caso conectado à investigação da TelexFree Inc., que se auto promovia como uma companhia de telefonia via internet, mas os promotores alegam ser na realidade um esquema de pirâmide.

Rocha foi detido depois de uma audiência no tribunal, informaram os promotores públicos. Na ocasião, o advogado de defesa do réu não quis comentar o caso.

A prisão de Cléber foi resultado da investigação ligada à TelexFree, uma companhia com sede em Marlborough (MA) que vendia serviços de telefonia via internet fundada pelo americano James Merrill e o brasileiro Carlos Wanzeler. Os promotores públicos alegam que a empresa não lucrava praticamente nada com o serviço de telefonia, entretanto, faturava milhões de dólares das pessoas que se inscreviam como “promotores” e postavam anúncios online. A TelexFree anunciou falência em abril de 2014 devendo US$ 5 bilhões aos participantes, informaram os promotores. No total, 965.225 vítimas nos EUA, Brasil e outros países perderam US$ 1.76 bilhão quando o esquema desmoronou.

Lavagem de dinheiro e “avião”:

Conforme a ação judicial, em 2015, um indivíduo que trabalhava para o sobrinho de Wanzeler abordou uma testemunha que cooperava com a polícia e comentou sobre um esquema de lavagem de dinheiro que ainda ocorria nos EUA através de contas em Hong Kong que transferiam fundos ao Brasil. O intermediário teria dito à testemunha que ela queria que US$ 40 milhões fossem transferidos para fora do país, pois a esposa de Wanzeler, na época ainda nos EUA, estava apresentando o pedido de divórcio e ela sabia onde estava o dinheiro.

Em 31 de dezembro, Cléber, agindo como portador do sobrinho de Wanzeler, viajou à Nova York e encontrou-se em janeiro de 2017 com a testemunha, a quem ele entregou US$ 2.2 milhões em uma valise, segundo as autoridades. Ele chegou ao Aeroporto Internacional JFK no mesmo dia e alegou na Alfândega que passaria uma semana na cidade em lua de mel. Depois do encontro, agentes federais seguiram o brasileiro até um condomínio em Westborough (MA). Eles retornaram ao local após terem prendido Rocha e encontraram uma enorme quantia de dinheiro sob o colchão. Ele admitiu que o total era US$ 20 milhões, conforme a ação judicial. (fonte: Brazilian Voice)

Fonte: Brazilian Voice

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