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Publicado em 16/11/2018 as 5:02am

Como uma assistente virtual pode servir de testemunha em um caso de assassinato nos EUA

Aparelho teria gravado momento em que duas mulheres foram esfaqueadas na cozinha de uma casa. Juiz mandou recolher gravações.

Uma assistente virtual eletrônica da Amazon, a Alexa, pode servir de testemunha em um caso de duplo homicídio nos Estados Unidos. A polícia de Farmington, cidade com cerca de 7 mil habitantes no estado de New Hampshire, acredita que o aparelho tenha "ouvido" a morte de Christine Sullivan e Jenna Pellegrini. As informações são do jornal "The Washington Post".

As duas mulheres morreram esfaqueadas na cozinha da casa de Christine, em janeiro de 2017. Os promotores responsáveis pelo caso dizem que o aparelho ficou no local durante o crime.
O dispositivo da Amazon, parecido com um auto-falante, funciona com reconhecimento de voz para executar tarefas como ligar e desligar eletrodomésticos, dar informações sobre previsão do tempo e tocar música.

Por isso, um juiz ordenou que a Amazon repasse todas as gravações obtidas pelo aparelho entre 27 e 29 de janeiro do ano passado. O período inclui a data do assassinato até o dia em que as duas mulheres foram encontradas mortas pela polícia.

A Amazon, no entanto, disse à agência Associated Press que não repassaria nenhum dado "sem um mandado legal válido e vinculante". Segundo a revista "Time", a empresa concordou em fornecer informações em um caso semelhante em 2017, mas apenas depois de o acusado consentir em entregar as gravações.

Não é certeza, porém, que a Alexa tenha gravado os detalhes do crime. Para o dispositivo ser ativado, o dono precisa dizer palavras-chave que iniciam a gravação.

O crime

O acusado de ter esfaqueado Christine e Jenna se chama Timothy Verrill e vai a julgamento em maio de 2019. Ele alega inocência.
Verrill chegou a morar na casa onde as duas mulheres morreram. No momento do crime, viviam lá Christine e o então namorado, Dean Smoronk. O acusado do assassinato se tornou amigo do casal.

Os investigadores suspeitam que os três – o casal e o acusado de assassinato – tinham envolvimento com tráfico de drogas. Segundo o jornal local "Forster's Daily Democrat", Smoronk recebeu um telefonema de Verrill pouco antes do assassinato. Verrill acreditava que Jenna era uma "informante do esquema".
O "Washington Post" também narra que câmeras de segurança registraram o momento em que Verrill chegava na casa. Em 20 minutos, diz o jornal, ele tentou obstruir as três câmeras até, finalmente, desligar o circuito de TV.

De acordo com a imprensa local, o acusado comprou produtos de limpeza considerados suspeitos, como sal e amônia – material encontrado na cena do crime. Segundo a promotoria, Verrill foi parar no hospital duas vezes por causa de "colapsos". Ele foi preso em Massachussets 10 dias depois dos assassinatos, enquanto procurava por tratamento para vício em drogas.

Fonte: Por G1

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